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Djokovic supera apagão e vai encarar Tsitsipas na final do Australian Open

Reuters
Imagem: Reuters

Colunista do UOL

27/01/2023 08h05

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Número 35 do mundo e em sua primeira semifinal de slam na carreira, o americano Tommy Paul, de 25 anos, precisava de um pequeno milagre para alcançar a final do Australian Open. Não aconteceu. Novak Djokovic até passou por um apagão no set inicial, mas sua superioridade ficou evidente a maior parte do tempo. Ao fim do duelo desta sexta-feira, o sérvio fez 7/5, 6/1 e 6/2 e garantiu sua décima participação na final em Melbourne.

Campeão nove vezes do torneio e dono de 21 títulos de slam em simples, Djokovic também quebrou o recorde de vitórias consecutivas de um homem no Australian Open na Era Aberta (a partir de 1968). Sem perder no evento desde 2019, ele agora tem 27 triunfos em série, deixando para trás a marca de Andre Agassi (26) estabelecida de 2000 a 2004. Nole também tem a terceira maior sequência do tipo, com 25 (de 2011 a 2014).

O adversário de Djokovic no domingo será o grego Stefanos Tsitsipas, que se classificou para sua segunda decisão de slam ao bater o russo Karen Khachanov por 7/6(2), 6/4, 6/7(6) e 6/3. Na primeira final de slam que jogou, em Roland Garros/2021, Tsitsipas abriu 2 sets a 0 sobre Djokovic, mas levou a virada e terminou como vice-campeão. Desta vez, além do título em Melbourne, os dois duelarão pelo posto de número 1 do mundo. Quem vencer assumirá a liderança do ranking na segunda-feira.

Como aconteceu

Djokovic nem entrou em quadra tão afiado e cedeu dois break points logo no primeiro game do jogo, mas se salvou com dois ótimos serviços. O ex-número 1 continuou com altos e baixos, mas Paul agredia pouco, e a decisão dos pontos quase sempre ficava a cargo de Djokovic. Quando o sérvio encaixou uma boa sequência, disparou no placar, abrindo 5/1. No entanto, na hora de fechar o set, Nole desandou a cometer erros não forçados, e o improvável aconteceu. Paul devolveu as duas quebras e teve a chance de sacar em 4/5 para empatar a parcial. Nesse momento, Djokovic já acumulava 22 erros não forçados. Na reta final, porém, foi Paul quem vacilou. Sacando em 5/6, cometeu três erros não forçados seguidos, perdendo o game o set: 7/5.

Após o apagão do primeiro set, Djokovic encontrou um nível mais estável, mesmo abaixo de seu melhor tênis. Foi, porém, o suficiente para lhe dar uma margem de segurança contra Paul. O americano, que não tem golpes destruidores, capazes de definir pontos sem correr tanto risco, precisava de ralis, mas não tinha a mesma consistência que o ex-número 1 do mundo. De ponto longo em ponto longo, Nole foi abrindo vantagem até fazer 5/0 na parcial, que acabou pouco depois, com o placar mostrando 6/1.

Pouca coisa mudou no terceiro set. O jogo continuou com muitas trocas de bola, e Djokovic vencendo a maioria delas. Paul não conseguiu mudar a dinâmica do duelo, e o sérvio abriu 4/0 de frente mais uma vez. Vantagem grande demais para que o americano conseguisse uma reação.

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