Djokovic faz mistério sobre problemas antes de Roland Garros

É justo afirmar que a temporada 2024 de Novak Djokovic vem sendo fora do normal, e não no melhor dos sentidos. Pela primeira vez desde 2018, o número 1 do mundo chega a Paris para a disputa de Roland Garros sem ter conquistado nenhum título no ano. E não é só isso. Nole teve atuações ruins, problemas físicos e promoveu mudanças na sua equipe.

Seu pré-Roland Garros foi muito abaixo do esperado. No Masters 1000 de Monte Carlo, teve problemas físicos e foi eliminado nas semifinais por Casper Ruud, seu antigo freguês (tinha cinco vitórias em cinco jogos contra o norueguês). Depois de não atuar em Madri, jogou mal e perdeu de forma precoce em Roma para o chileno Alejandro Tabilo (#32 do mundo na ocasião). Após a partida, disse que se sentiu mal, com tonturas e falta de equilíbrio. Djokovic até sugeriu que os sintomas podem ter sido provocados pela garrafada que levou na cabeça 48h antes do jogo.

O sérvio, então, tomou uma decisão incomum: resolveu jogar o ATP 250 de Genebra na semana imediatamente anterior à de Roland Garros. Queria vencer jogos e adquirir ritmo de jogo. Pouco adiantou. Jogou mal mesmo quando venceu e acabou derrotado nas semifinais por Tomas Machac (#44). Durante o jogo, precisou de atendimento médico e teve a pressão medida em quadra. Após o revés, queixou-se de problemas estomacais.

Neste domingo, já em Paris, ao dar a tradicional entrevista coletiva pré-torneio, Djokovic foi questionado sobre a sequência, mas fez mistério e optou por não falar dos problemas que teve antes de Roland Garros.

"Bem, foram várias coisas que aconteceram nos últimos meses, mas não quero entrar nisto. Espero que você entenda. Apenas não quero abrir essa Caixa de Pandora e falar sobre as coisas. Quero só tentar focar em mim mesmo e no que precisa ser feito. O que aconteceu, aconteceu e está no passado. É algo que não posso mudar, mas posso aprender para corrigir certas coisas e acertar certas coisas que estão erradas e não estão contribuindo para o propósito que é alcançar meu nível mais alto de performance. É nisso que estamos trabalhando como time, e espero que nos traga bons resultados aqui."

Desde janeiro, quando perdeu nas semifinais do Australian Open para Jannik Sinner, Djokovic também promoveu mudanças em seu time. Dispensou o técnico Goran Ivanisevic (atualmente viaja com o amigo sérvio Nenad Zimonjic como treinador) e o preparador físico Marco Panichi (trouxe de volta Gebhard Gritsch, com quem trabalhou até 2019). No fim do ano passado, Nole já havia se separado do italiano Edoardo Artaldi, seu empresário de longa data.

A estreia do número 1 do mundo em Roland Garros será na terça-feira, contra o convidado francês Pierre-Hugues Herbert, #142 do mundo. Mesmo em má fase, Djokovic é considerado muito favorito para sair com a vitória.

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