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Krejcikova derrota russa e conquista em Roland Garros seu primeiro slam

Reuters
Imagem: Reuters

Colunista do UOL

12/06/2021 12h08

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Barbora Krejcikova, 25 anos, número 33 do mundo, entrou em quadra nervosa. Abriu sua primeira final de slam na carreira com duas duplas faltas e uma quebra de saque. A tenista tcheca, entretanto, logo encontrou seu melhor tênis e, depois que o fez, disparou na frente. Oscilou no segundo set, é verdade, mas brilhou quando mais precisava. No fim, fez 6/1, 2/6 e 6/4 em cima da russa Anastasia Pavlyuchenkova (29 anos, #32 do mundo) e conquistou, em Roland Garros, seu primeiro slam em simples na carreira.

Krejcikova, que já foi campeã de Roland Garros e de Wimbledon nas duplas em 2018 e também venceu o Australian Open em duplas mistas nos últimos três anos, ainda pode sair de Paris com outro troféu. Ela e a compatriota Katerina Siniakova estão na final de duplas e vão enfrentar a americana Bethanie Mattek-Sands e a polonesa Iga Swiatek. Se vencer, Krejcikova voltará a ser a número 1 do mundo na modalidade.

Novotna na memória

Na cerimônia de premiação, Krejcikova lembrou e agradeceu à Jana Novotna, tenista tcheca que foi campeã de Wimbledon em 1998 e alcançou a segunda posição no ranking mundial (veja no vídeo abaixo). Antes de morrer por causa de um câncer, em 2017, Novotna foi técnica de Krejcikova.

"Eu passei por um período muito difícil quando Jana [Novotna] estava morrendo. Eu estava com ela a maior parte do tempo e queria estar ali porque achava que ia me fazer muito forte. As últimas palavras dela foram 'aproveite, tente ganhar um grand slam'. E sei que, de algum lugar, ela está cuidando de mim. Tudo isto que aconteceu nestas duas semanas é porque ela está cuidando de mim de lá de cima. Agradeço a ela. Foi incrível ter a chance de conhecê-la. Ela é uma inspiração tão grande para mim e sinto muita falta dela. Espero que ela esteja feliz agora. Eu estou extremamente feliz."

Como aconteceu

Era uma primeira final de slam para ambas, mas Krejcikova, a mais jovem - e menos experiente - em quadra deixou seu nervosismo visível imediatamente. No primeiro game, cometeu um erro não forçado e mais duas duplas faltas, cedendo a quebra à russa. Foi, porém, o único momento ruim da tcheca na parcial. Krejcikova logo se recompôs e calibrou seus golpes, devolvendo a quebra já no segundo game com um lob. Depois disso, a tcheca tomou a dianteira na maioria dos pontos, fazendo Pavlyuchenkova correr atrás da bola. A russa não se encontrou e viu Krejcikova vencer seis games seguidos até fechar a parcial em 6/1.

O segundo set começou bem diferente, com a russa finalmente conseguindo ditar os pontos com alguma frequência. Pavlyuchenkova quebrou o saque da oponente e, desta vez, manteve a vantagem, abrindo 3/0 e somando seis winners contra apenas um da tcheca. A russa teve 5/1 de frente e sacou para fechar a parcial, mas sentiu dores na perna esquerda após um ponto, teve o serviço quebrado e precisou pedir tempo médico para receber atendimento. Nastia voltou para a quadra com a coxa esquerda enfaixada e quebrou o saque de Krejcikova para fazer 6/2 e forçar o terceiro set.

O terceiro set começou mais equilibrado e, depois de uma quebra de Krejcikova no terceiro game, Pavlyuchenkova se recuperou e, com um winner de forehand, também quebrou a rival e igualou o placar em 2/2. A tcheca, contudo, conseguia colocar mais pressão com frequência em suas devoluções e foi assim que ela voltou a liderar, quebrando Pavs com uma direita vencedora do fundo de quadra. Pouco depois, Barbora confirmou o saque para abrir 5/3 e ficar a um game do título. No nono game, no saque da russa, Krejcikova não aliviou. Com uma direita na paralela e uma esquerda cruzada indefensáveis, chegou a dois match point, mas Pavlyuchenkova seguiu lutando. Salvou os dois pontos, confirmou o serviço e forçou a oponente a sacar para o jogo. Não mudou muito o resultado final. A tcheca até cometeu uma dupla falta no game, mas fechou o jogo com sucesso.

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