Australian Open segue na ESPN, mas sem 'Pelas Quadras'
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O Australian Open, que começa no dia 20 deste mês, continua uma exclusividade dos canais ESPN. A cobertura do primeiro slam da temporada 2020, porém, terá um desfalque: este ano, o canal não exibirá o programa Pelas Quadras durante a competição.
A atração, que ia ao ar diariamente durante os slams (inclusive os torneios não exibidos pela ESPN) nos últimos anos, era um programa de análises e comentários, repassando os resultados das rodadas, mostrando trechos de entrevistas coletivas e comentando os assuntos mais quentes que surgiam ao longo de cada quinzena.
Durante o Australian Open, o Pelas Quadras sempre funcionou muito bem como atração pré-torneio. O horário ajudava, e o programa ia ao ar às 21h de Brasília, sempre uma hora antes do começo dos jogos das quadras principais em Melbourne. Era o espaço ideal para anunciar que jogos seriam transmitidos e por que o telespectador deveria acompanhá-los.
Entrei em contato com a ESPN perguntando sobre a não exibição do Pelas Quadras, e o canal respondeu que o tênis terá mais destaque no SportsCenter, o programa carro-chefe da emissora. Leiam a explicação na íntegra:
"Com direitos exclusivos do Australian Open na TV por assinatura, a ESPN irá exibir o evento a partir de 19 de janeiro nos canais ESPN e ESPN2, além da plataforma de streaming WatchESPN, disponível aos assinantes da emissora. A equipe de narração contará com nomes como Fernando Nardini, Everaldo Marques e Cledi Oliveira e, nos comentários, já estão confirmados André Ghem e Fernando Roese. Além das mais de 270 horas de transmissão previstas para o evento, a emissora irá utilizar o espaço jornalístico da ESPN Brasil para repercutir os destaques do primeiro grand slam do ano no SportsCenter."
Coisas que eu acho que acho:
- É ótimo que o tênis ganhe espaço no SportsCenter, mas parece incontestável, contudo, que a modalidade vem perdendo espaço no canal nos últimos anos. A ESPN deixou de exibir os ATPs 250 quando ainda tinha os direitos de transmissão e, antes do Australian Open do ano passado, não renovou o contrato de Fernando Meligeni, principal comentarista da casa.
- Desde a saída de Fininho, o Pelas Quadras também perdeu espaço e teve sua duração reduzida de 60 minutos para meia hora. De certo modo, faz sentido. Sem o magnetismo de Meligeni e sem poder contar com mais frequência com tenistas em atividade entre os convidados, é difícil manter o programa atraente para um público maior. Logo, se não havia interesse ou possibilidade do canal em manter Fino, a interrupção no Pelas Quadras parece uma sequência lógica de eventos.
- Que isto não seja lido como uma crítica do tipo "eu faria melhor". Pelo contrário. Hoje, o Brasil tem apenas dois ex-tenistas com apelo para atrair e sustentar um público mais amplo (leia-se "além dos fanáticos que acompanham tênis em qualquer circunstância") no ar. Sem Guga ou Meligeni, a tarefa é complicadíssima para um canal que exige audiência como a ESPN. Colocar no ar um programa "só" com comentaristas do próprio canal talvez não seja o bastante para render os números desejados.
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