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F1: GPs da Austrália e China são adiados, Imola volta e Brasil muda de data

GP do Bahrein vai abrir o campeonato - Rudy Carezzevoli/Getty Images
GP do Bahrein vai abrir o campeonato Imagem: Rudy Carezzevoli/Getty Images

Colunista do UOL

12/01/2021 06h01

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Menos de um mês depois que a Federação Internacional de Automobilismo aprovou o calendário recorde para a temporada de 2021 da Fórmula 1, a categoria já anunciou os primeiros adiamentos e substituições devido à pandemia: os GPs de abertura da temporada, na Austrália, e da China foram adiados e a prova em Imola, na Itália, volta como substituta. A oorrida de Melbourne foi transferida para novembro, o que significa que o GP de São Paulo mudou de data e agora está marcado para uma semana antes que o inicialmente previsto e será dia 7 de novembro.

Assim, a temporada da Fórmula 1 vai começar com o GP do Bahrein, dia 28 de março, uma semana depois do inicialmente previsto. O GP em Imola será três semanas depois, dia 18 de abril, e a terceira prova deve ser em Portugal em uma dobradinha com a Espanha, ou seja, Portimão receberia a Fórmula 1 pela segunda vez dia 2 de maio e o GP em Barcelona será dia 9 de maio. Mas isso ainda não foi confirmado pela F1 ou pelos promotores portugueses.

No calendário original, depois do Bahrein, a F1 iria para a China e havia uma data, que pertencia ao Vietnã e que estava em aberto.

As confirmações anunciadas nesta terça-feira (11) também significam que os promotores do GP da Espanha assinaram a prorrogação de seu contrato por mais um ano, já que a prova não tinha acordo fechado para 2021. As renovações com o Circuito da Catalunha têm sido anuais, e o foco do presidente do circuito e ministro catalão de negócios e conhecimento, Ramon Tremosa, afirmou que o trabalho, agora, é por um contrato a longo prazo. "O GP na Catalunha é um evento de nível mundial que gera um enorme efeito em termos de crescimento de renda e criação de empregos, dez vezes maior do que o investimento do governo catalão. Vamos continuar trabalhando no governo para que a pista fique de forma permanente no calendário porque a F1 não é um gasto, mas sim um investimento."

Os valores do contrato não foram revelados, mas estima-se que o GP da Espanha pague 20 milhões de dólares (pouco menos de 110 milhões de reais) anualmente, sendo que a maior parte do investimento vem do governo local.

O GP da Austrália foi remarcado para a parte final do campeonato, algo que os promotores vinham pleiteando há meses. Isso fez com que o GP de São Paulo mudasse do dia 14 para o dia 7 de novembro, e as duas etapas finais, no Oriente Médio, foram deslocadas para a semana seguinte. Ao divulgar o novo calendário, a F1 fez questão de salientar que o esforço para realocar a Austrália "mostra a importância da corrida para a F1 e para nossos parceiros de Melbourne." A prova foi cancelada ano passado quando tudo já estava pronto para os primeiros treinos livres, dois dias depois de a OMS declarar que o mundo vivia uma pandemia, em março. Os gastos gerados pela F1 e que são pagos com dinheiro público em grande parte têm sido questionados por setores do governo da região de Victoria e a prova também costuma ser alvo de manifestações de ambientalistas.

A China é outra que busca uma data na segunda metade do ano mas, realisticamente, isso só seria possível caso haja algum cancelamento. Isso porque já há, no segundo semestre, três sequências de três provas em finais de semana seguidos, algo que as equipes querem evitar ao máximo. Uma é na Europa, o que não é tão ruim para os times (Bélgica, Holanda e Itália). Mas as outras duas tem três corridas em locais bastante distantes um do outro (Rússia - Sochi - Singapura e Japão) e, logo em seguida, EUA, México e Brasil. Então o mais provável é que a China só consiga permanecer no calendário de 2021 caso não seja possível correr em um destes países, lembrando que Singapura, Japão, EUA, México e Brasil estiveram entre as corridas, a exemplo da China, que não foram realizadas em 2020.

A Fórmula 1 vai tentar evitar ao máximo mexer neste calendário, uma vez que as corridas que têm contrato pagam muito mais que aquelas que entram como substitutas e a categoria precisa se recuperar de um ano de perdas em 2020, em que a Liberty Media, que detém os direitos comerciais da categoria, recebeu uma injeção bilionária da Liberty Group no primeiro semestre do ano. Não coincidentemente, o comunicado explicita que, mesmo com as mudanças, "a F1 segue com seu calendário recorde de 23 corridas para 2021", como forma de mostrar força aos investidores.

Confira como ficou o calendário de 2021 da Fórmula 1
28/03 GP do Bahrein
18/04 GP de Imola
02/05 A ser confirmado
09/05 GP da Espanha
23/05 GP de Mônaco
06/06 GP do Azerbaijão
13/06 GP do Canadá
27/06 GP da França
04/07 GP da Áustria
18/07 GP da Grã-Bretanha
01/08 GP da Hungria
29/08 GP da Bélgica
05/09 GP da Holanda
12/09 GP da Itália
26/09 GP da Rússia
03/10 GP de Singapura
10/10 GP do Japão
24/10 GP dos Estados Unidos
31/10 GP da Cidade do México
07/11 GP de São Paulo
21/11 GP da Austrália
05/12 GP da Arábia Saudita
12/12 GP de Abu Dhabi