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Equipe mais dominante da F-1 pode estar de saída em 2021. Saiba por quê

Lewis Hamilton, piloto da Mercedes, no GP da França - REUTERS/Jean-Paul Pelissier
Lewis Hamilton, piloto da Mercedes, no GP da França Imagem: REUTERS/Jean-Paul Pelissier

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Cada vez mais aumentam as especulações a respeito da continuidade da Mercedes na Fórmula 1 após o final da temporada 2020. Afinal, os únicos acordos assinados são de fornecimento de motores com suas duas atuais clientes - a Racing Point e a Williams - e a McLaren, que passa a receber os motores alemães em 2021. No momento, a equipe Mercedes não tem contrato assinado com a Fórmula 1, com seu chefe, Toto Wolff, ou com seus pilotos, Lewis Hamilton e Valtteri Bottas.

Para completar o panorama, a chefia da montadora Mercedes estipulou a meta de economizar mais de 1.5 bilhão de dólares até o final de 2022, e a equipe de Fórmula 1, mesmo tendo vencido todos os campeonatos desde 2014, não é autossuficiente, precisando de injeção financeira de sua dona.

Além disso, a Fórmula 1 decidiu continuar com o mesmo motor V6 turbo híbrido, e a avaliação da Mercedes é de que seguir na categoria não condiz com as novas diretrizes da empresa, que busca diminuir sua pegada de carbono. Os alemães, inclusive, estão estreando nesta temporada na Fórmula E, categoria 100% elétrica, que vem atraindo várias montadoras.

E também existe a avaliação de que a Mercedes, depois de ganhar tanto na Fórmula 1, só teria a perder em termos de marca caso continuasse na categoria.

Mas o que aconteceria com o time mais dominante dos últimos anos, o único a conquistar seis títulos seguidos de equipes e construtores? Caso a Mercedes decida não continuar na F-1 como construtora, o time teria de ser vendido. E rumores dão conta de que o próprio chefe e acionista Toto Wolff está trabalhando nos bastidores para assumir o controle do time por meio de um negócio usando o capital de Lawrence Stroll, bilionário pai de Lance Stroll e dono da Racing Point atualmente, e a marca Aston Martin, que atualmente patrocina a Red Bull, mas que também que seria comprada pelo canadense.

Caso isso se confirme, uma das vagas da nova equipe seria ocupada por Stroll, e a outra ficaria em aberto. Lewis Hamilton negocia a renovação e tem uma estreita relação com Wolff, tendo dito claramente que seu futuro estava atrelado ao do austríaco, que é seu chefe desde 2013 na Mercedes. Mas o inglês também está negociando com a Ferrari, que tem apenas Charles Leclerc sob contrato para além de 2020.

Tais rumores de saída da Mercedes como equipe estão circulando nos bastidores da categoria desde o ano passado, mas ganharam força depois que os sites Autocar e Racefans publicaram que haverá uma reunião decisiva na Mercedes, provavelmente dia 12 de fevereiro, para definir os planos futuros da equipe de F-1. É fundamental que a decisão seja tomada logo, uma vez que haverá uma grande mudança de regras em 2021, exigindo um grande investimento já desde o início do ano por parte dos times.

Confira o vídeo em que comento sobre a possibilidade de saída da Mercedes logo quando isso começou a circular no paddock, em outubro do ano passado:

Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do informado anteriormente na nota e na homepage do UOL, a Mercedes não é a equipe mais vencedora da Fórmula 1.