Topo

Olhar Olímpico

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Ketleyn faz boa campanha, mas perde luta do bronze no Mundial de Judô

Ketleyn Quadros - Abelardo Menes Jr/Ministério do Esporte
Ketleyn Quadros Imagem: Abelardo Menes Jr/Ministério do Esporte

09/06/2021 13h39

Primeira mulher brasileira a subir ao pódio olímpico no judô, treze anos atrás, Ketleyn Quadros mostrou hoje (9) que vai tentar repetir o feito em Tóquio. A veterana de 33 anos fez a melhor campanha do Brasil até aqui no Mundial de Judô que está sendo realizado em Budapeste, na Hungria, mas perdeu a luta que valia o bronze. Terminou na quinta colocação.

Lutando na categoria até 63kg, Ketleyn venceu duas lutas, contra Laura Fazliu, de Kosovo, e Alisha Galles, dos Estados Unidos, antes de cair nas quartas de final para Andreja Leski, da Eslovênia. Na repescagem, se recuperou superando Szofi Ozbas, atleta da casa, e chegou à luta do bronze contra Sanne Vermeer, da Holanda.

A brasileira começou melhor o combate, conseguindo um wazari, que fez a holandesa procurar o ataque. Quando faltavam pouco mais de um minuto para o fim da luta, Vermeer conseguiu o empate, com um wazari, que por pouco não foi ippon. O duelo ficou aberto e Vermeer encontrou outro golpe, derrubando Ketleyn, dessa vez sim com ippon.

O Brasil por enquanto faz uma campanha fraca no Mundial, última competição antes da Olimpíada. Na categoria até 57kg, Ketelyn Nascimento perdeu na segunda luta e falhou em conseguir classificar o país para Tóquio nessa categoria, que é a mesma de Rafaela Silva, que está suspensa por doping. Será a primeira vez desde Pequim-2008 que o Brasil não classifica todas as 14 categorias.

No masculino também havia o mesmo risco, mas hoje Eduardo Yudi fez boa campanha e só parou nas oitavas de final para o belga Matthias Casse, lider do ranking. Com o resultado ele deve conseguir vaga direta na categoria 81kg e abrir lugar para que Eduardo Barbosa, na até 73kg, vá a Tóquio pela cota de sul-americanos, restrita a um por país. No feminino, Gabriel Chibana (até 48kg) deve ficar com essa vaga por cota.

O Brasil ainda tem suas melhores chances de medalha de amanhã (10) até domingo. Primeiro com Maria Portela (até 70kg), amanhã, depois com Mayra Aguiar (até 78kg), sexta, voltando de lesão e competindo pela primeira vez desde fevereiro do ano passado. No sábado (11), Maria Suelen Altheman, Beatriz Souza, Rafael Silva e David Moura lutam no peso pesado, por medalha e para definir quem serão os representantes do Brasil na Olimpíada. Depois, no domingo, acontece a disputa por equipes.