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Milly Lacombe

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Brasileirão: aspectos positivos e negativos do turno que vai terminar

Igor Vinicius e Nikão celebram gol do São Paulo no confronto diante do Inter, válido pelo Campeonato Brasileiro - RAUL PEREIRA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Igor Vinicius e Nikão celebram gol do São Paulo no confronto diante do Inter, válido pelo Campeonato Brasileiro Imagem: RAUL PEREIRA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Colunista do UOL

22/07/2022 09h43

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O Brasileirão até aqui mais achatado da história dos pontos corridos termina na segunda-feira, dia 25, com a partida entre Coritiba e Cuiabá.

O achatamento é, sem dúvida, uma das boas surpresas.

Tudo indica que o favoritaço Palmeiras vai iniciar sua disparada já no começo do segundo turno, mas, nessas primeiras 18 rodadas, o campeonato está imprevisível e fazendo justiça à fama de um dos mais difíceis do mundo.

O décimo colocado - o São Paulo - está a seis pontos do G4 e a sete do Z4.

O tricolor paulista é, aliás, uma das boas surpresas.

Nem tanto pela posição no meio da tabela - até esperada - mas pelo que tem jogado.

Um time que ganhou couraça física, tática e moral, que não desiste, que se comporta taticamente de forma muito disciplinada e que tem buscado resultados improváveis.

A base tem sido bem utilizada por Ceni e o sonho por uma vaga na Libertadores, que era imrpovável em janeiro, se tornou real.

Está vivo na Sulamericana, vivo na Copa do Brasil e adquirindo força no Brasileirão.

O Athletico-PR, de Felipão, é outra boa surpresa.

Para a torcida do Furacão, para a competitividade do campeonato e para Felipão, que estava precisando dessa volta por cima. Encostadinho no G4, o time vem jogando notavelmente.

Por fim, o Fluminense de Fernando Diniz, que para o meu gosto apresenta o melhor futebol até aqui.

Time leve, criativo, cheio de possibilidades técnicas, táticas e estratégicas, que joga aberto, faz poucas faltas e busca o gol incansavelmente.

Hoje, descansa no G4, e eu diria que a chance de brigar pelo título é palpável, ainda que alguns amigos e amigas continuem me alertando para o que chamam de "a inevitável derrocada de um time dirigido por Fernando Diniz".

Fortaleza e Flamengo ficam como as notas amargas, ainda que o time carioca aponte para um ressurgimento e, com isso, possa retomar seu favoritismo na tabela. Hoje, está na sétima posição.

O Fortaleza, antepenúltimo, deve ser capaz de escapar do pior e ficar ali pelo meio da tabela. Mesmo assim, um balde de água fria para o time sensação da temporada passada.

Pior do que o fracasso das expectativas com Flamengo e Fortaleza só mesmo a arbitragem. Caótica, petulante, ininteligível, lenta, dúbia, permissiva.

Além disso, a forma como a CBF se utiliza do VAR é frustrante e revoltante.

E essa escala do horror precisa terminar com o racismo, a homofobia e a violência nos estádios.

Punições protocolares, demoradas ou até inexistentes colaboram para que preconceitos sigam sendo cantados e gesticulados nas arquibancadas e nas luxuosas cadeiras das arenas.

A falta de implicação dos clubes nas violências praticadas por seus torcedores apenas aumenta o espaço para que outros horrores aconteçam no turno que começa no dia 30 de julho.