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Milly Lacombe

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Adson marcou dois gols, mas o nome do jogo foi Jô

Colunista do UOL

15/08/2021 18h00

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O Corinthians finalmente fez uma partida capaz de abrir espaço para que o corintiano e a corintiana sonhem com a Libertadores. A chegada de Giuliano e Renato Augusto, a boa fase de Adson, a participação segura dos experientes laterais, a velocidade de Gustavo, um meio de campo jogando de forma mais coesa, mais aproximada, promovendo trocas de passes mais rápidas e nem sempre passivas: tudo isso colaborou para que o Corinthians vencesse o Ceará em Itaquera. Mas o nome do jogo foi Jô - e ele não fez nenhum gol.

Se eu tivesse que escrever sobre Jô até ontem eu teria apenas uma linha que seria um pedido a fazer a Sylvinho: "tira o Jô, pelo amor de Deus". Mas depois da partida desse domingo eu já estou tentada a mudar de ideia.

Jô, que vinha fazendo atuações lentas, sem precisão, sem penetração e sem movimentação, contra o Ceará parecia ter começado a acordar de um penoso inverno. Saiu da área, fez passes importantes, deixou companheiros na cara do gol, voltou até o meio de campo, atuou aberto pelas pontas quando necessário. Foi um jogador fundamental para a boa apresentação do time porque sua movimentação confundiu o bom e sólido Ceará e abriu espaço para que o meio de campo, e especialmente Adson e Renato Augusto, pudessem brilhar. Que seja o começo de uma nova fase para Jô no Corinthians.