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Choro de Lukaku contrasta com desdém da geração sem ouro
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Lukaku teve todas as chances que queria e precisava para colocar a Bélgica nas oitavas de final da Copa do Mundo. A eliminação da outrora favorita vai para a conta de quem menos deveria ir. Atrapalhado por várias lesões, Lukaku está há um ano e meio jogando pouco, de forma intermitente, chegou baleado na Copa e não tinha como atuar em partidas inteiras. Entrou no segundo tempo contra Marrocos e no intervalo hoje, contra a Croácia.
O choro dele se deve aos gols que ele sabe que não poderia perder. E contrasta com o desdém de um time que atuou de forma "blasé" na Copa do Mundo. A Bélgica teve performances patéticas contra Canadá e Marrocos. Foi melhor do que a Croácia, possivelmente tenha merecido vencer a partida, mas em vários momentos atuou como se não fosse o time com a responsabilidade de buscar o resultado. A Bélgica tem jogadores que jogam para si, Carrasco talvez seja o melhor exemplo.
O fato é que a celebrada geração belga, chamada de geração de ouro, vai acabar sem ouro nem prata. Nas Copas de 2014 e 2018, bateu quartas de final e semifinal, não conseguiu dar o passo a mais. A Euro-2016 foi a grande decepção, era o auge e eles perderam de País de Gales nas quartas. A Euro-2020, ano passado, já foi decepcionante. E a Copa 2022 decreta o fim do ciclo, sem uma final sequer disputada.
Courtois ainda está aí, possivelmente seja o melhor goleiro do mundo. De Bruyne ainda tem gás. Lukaku, se as lesões deixarem, pode voltar a ser importante. Mas esqueçam os zagueiros de nome difícil, Hazard, Witsel, Mertens, sem contar outros que já são passado.
A Bélgica não volta ao patamar anterior, de seleção que nem mesmo se classificava para os grandes torneios, mas fica ali naquele bloco de seleções médias da Europa, como a própria Croácia. Não é mais um conjunto assustador. A geração de ouro belga encerrou os trabalhos no Qatar - sem ouro.
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