Semana evidencia desequilíbrio enorme entre Flamengo e Corinthians

Se o futebol fosse lógico, poderíamos dizer tranquilamente que a disputa pela vaga na semifinal da Libertadores, entre Flamengo e Corinthians, já tem vencedor antes mesmo de acontecer.

Os últimos dias, com a coincidência do adversário em comum (o Atlético-GO), evidenciaram um desnível grande no momento entre os dois clubes mais populares do Brasil. Vejamos: no meio de semana, o Corinthians viaja a Goiânia e apanha de 2 a 0. Contra o mesmo rival, dias depois, os reservas do Flamengo vão lá e sapecam 4 só no primeiro tempo.

Aliás, que time reserva é esse! Com Vidal, Marinho, Cebolinha... cheio de jogadores que seriam titulares na esmagadora maioria dos elencos do país, inclusive o Corinthians. Ainda por cima aparece o menino Victor Hugo, 18 anos, jogando um futebol sensacional.

O Flamengo de Dorival já estava vindo muito bem desde o meio de julho, recebeu reforços importantes na janela e, no momento, parece muito mais forte do que o Corinthians.

Nós sabemos, no entanto, que o futebol não é lógico e o Corinthians e sua torcida estarão prontinhos para os jogos das duas próximas terças-feiras. Aliás, Itaquera foi o único cenário de derrota do Flamengo nos últimos 11 jogos, o duelo decidido pelo gol contra de Rodinei.

Se o time de Vítor Pereira não voltar a subir o nível de competitividade e apresentar a bolinha que apresentou contra Atlético e Botafogo, não dará nem para o cheiro. Principalmente se o Flamengo jogar o bolão que jogou contra Athletico-PR (empate acidental) e ontem, no Maracanã.

Dorival resgatou a confiança e a alegria de jogar, o Flamengo vive seu melhor momento técnico desde a saída de Jorge Jesus, mais de dois anos atrás. Santos acabou com a conversinha sobre goleiro, laterais e zaga estão bem servidas, Vidal encorpa o meio de campo, Pedro vive a explosão que muitos achavam que viria quando ele tivesse minutos.

Lógica e momento indicam um favoritismo absoluto do Flamengo na terça-feira e no duelo. Mas o futebol esmaga a lógica toda hora e momento é algo que muda com um estalar de dedos. Resta ao corintiano se apegar a máximas como estas, fazer a parte dele na arquibancada e, claro, rezar.