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Gomes: Arbitragens ruins disfarçam distância entre Liverpool e Atlético
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O Liverpool voltou a vencer o Atlético de Madrid, desta vez jogando em casa, pela Liga dos Campeões. O placar final, de 2 a 0, não representa o que foi a partida. Um verdadeiro massacre. Não seria absurdo nenhum se o jogo tivesse acabado 5 ou 6 a 0.
Só que, assim como duas semanas atrás, a arbitragem deixou a desejar e não atuou com o alto nível que costumamos ver no futebol europeu. O que dá ao Atlético um álibi para as duas derrotas (2 x 3 em casa, 2 x 0 fora). "Se não fosse o árbitro..."
Se, no jogo de Madri, um vermelho direto para Griezmann alterou a dinâmica da partida, hoje outro vermelho direto, bem contestável, deu ao Liverpool a vantagem de jogar com um a mais desde o primeiro tempo. O brasileiro Felipe parou um contra ataque com uma falta por trás em Mané, um lance sem violência flagrante. Típico lance para amarelo, falta tática, que o juiz holandês Danny Makkelie interpretou como lance para expulsão direta.
Felipe, diga-se, havia comido mosca na marcação de Diogo Jota, no primeiro gol, e de Mané, no segundo. Foi uma noite para ser esquecida pelo zagueiro brasileiro. Duas falhas e um vermelho direto, ainda que injusto, fazem uma atuação assim ficar marcada.
No segundo tempo, o Atlético achou um gol em um raro lance no ataque, um chute de Suárez que desviou e enganou Alisson. Ninguém entendeu nada quando o árbitro anulou o gol, a mando do VAR, por impedimento. No lance anterior, uma cobrança de falta, havia dois jogadores do Atlético adiantados, mas eles não disputaram a bola. Fabinho, do Liverpool, afastou, no que iniciaria um "novo lance", e Suárez acertou o chute na sequência. Não concordo com a interpretação de impedimento.
No jogo de Madri, um pênalti para o Atlético, que poderia representar o 3 a 3 no finalzinho, teve um raro chamado do VAR para que o árbitro de campo reinterpretasse o lance e anulasse a marcação.
Enfim, foram quatro decisões, a meu ver, equivocadas. Que talvez alterassem o resultado de um ou outro jogo. Mas que de forma alguma altera uma dura realidade para o Atlético: o futebol do time de Simeone está anos-luz atrás da bola que joga o time de Klopp. O Liverpool é muito superior, e o Atlético vai ter que melhorar muito para ser competitivo no mata-mata.
Isso se chegar ao mata-mata. No momento, o "grupo da morte" virou um passeio do Liverpool, com quatro vitórias em quatro partidas e, com duas rodadas de antecedência, a classificação em primeiro lugar já assegurada. Ou seja, o Liverpool pode reservar seus principais jogadores nas rodadas finais.
O Porto está em segundo, com cinco pontos, contra quatro do Atlético e só um do Milan. Daqui a três semanas, o Atlético recebe o Milan, que ainda pode sonhar com a vaga se vencer na Espanha - na outra partida, o Porto tentará tirar algo de uma viagem a Liverpool. Na última rodada, o Milan recebe o Liverpool, e o Porto joga em casa contra o Atlético - na partida que, teoricamente, definirá o segundo colocado do grupo.
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