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OPINIÃO

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FIFA 23 evolui franquia e acena com futebol maduro e real

Vinícius Júnior em ação no FIFA 23 - Divulgação/EA Sports
Vinícius Júnior em ação no FIFA 23 Imagem: Divulgação/EA Sports

Colunista do UOL

04/10/2022 04h00

Fãs de futebol e de videogame vão me entender: o lançamento do FIFA, ano após ano, sempre foi uma data sagrada. Uma espécie de Natal antecipado para os "fiéis".

Desta vez, para o FIFA 23, a "despedida" do título (já que no próximo o nome oficial será EA Sports FC), a empolgação se tornou ainda maior.

Dos gráficos à jogabilidade, a nova versão se mostra mais realista, evoluída, mas com o dilema: onde ainda haverá espaço para crescer e inovar?

Há que se reconhecer: a ambientação do game é absurda. Simplesmente não dá vontade de cancelar as animações que mostram os estádios, os jogadores perfilados ou quaisquer outros detalhes antes de uma partida.

Para quem gosta de futebol, um deleite. Especialmente com o histórico recente de tropeços e bugs do rival eFootball.

Uma das expectativas com a nova geração de consoles (Playstation 5, Xbox Series S|X e Stadia) era a de ter um game estonteante, com gráficos à altura do investimento, e o FIFA 23 entregou. No que diz respeito à jogabilidade, vemos um jogo que claramente mudou em relação ao antecessor. Sente-se um futebol mais real, com uma experiência imersiva e prazerosa de se apreciar uma partida de futebol.

A inclusão de Ted Lasso e do AFC Richmond, protagonistas da série de TV homônima, a essa edição mostram como a EA Sports sabe que é necessário trabalhar novos ingredientes e proporcionar ao público motivos para jogar. Estamos falando de um jogo que se aproxima de R$ 500 na versão Ultimate.

Paixão pelo futebol e tradição do game não bastam. Pensar fora da caixa é um golaço.

Voltando à jogabilidade: o Hypermotion 2 dá a impressão de que o jogo exige mais inteligência e avança na tática. Da movimentação às finalizações, passando por dribles e passes, o game oferece um serviço de qualidade sem o sentimento de que é necessário gastar muito tempo somente para aprender os "truques" até começar a jogar em um nível bacana. Ou seja: uma tecnologia interessante e amigável.

Uma curva de aprendizado acessível e gráficos que chamem a atenção são fundamentais para uma campanha de marketing, especialmente quando falamos com um jogo que tem capacidade de atravessar gerações.

Embora para o público brasileiro fique a frustração de não ver os times locais com suas licenças de elencos completas, devido à burocracia que envolve esse processo, os grandes astros do futebol europeu estão ali - e a ansiedade para a Copa do Mundo aumenta ainda mais a empolgação com o jogo.

Ficam algumas perguntas para a sequência da franquia. Há chance de ser free to play a partir do ano que vem? Com um game balanceado em jogabilidade e visualmente impecável, em qual sentido serão as próximas cartadas? A resposta do FIFA 23 aos exigentes fãs foi boa. O "gran finale" com o nome que o consagrou entregou, mas o "sarrafo" continuará alto.