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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Times brasileiros observam "ucranianos", mas guerra impede acordos rápidos

David Neres é o jogador brasileiro mais caro desta janela de transferências - Divulgação
David Neres é o jogador brasileiro mais caro desta janela de transferências Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

04/03/2022 11h06

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Os principais times do Brasil estão de olho na situação dos jogadores brasileiros que voltaram da Ucrânia nos últimos dias para fugir da guerra. Apesar de os cerca de 30 nomes causarem alvoroço em algumas torcidas, a situação deles é bem mais complicada do que os próprios gostariam.

Palmeiras, São Paulo, Corinthians, Atlético-MG, Flamengo, Internacional e Athletico são algumas das equipes que já analisaram os nomes e são tratados como as principais opções dos jogadores que retornaram ao país, mas o momento impede qualquer tipo de acordo rápido. A única chance de isso mudar seria a Fifa entrar no caso e divulgar alguma medida imediata.

Na opinião de alguns membros dos departamentos jurídicos dessas equipes e de outros especialistas no assunto, como a guerra acabou de começar e ainda não há previsão nem de quanto tempo vai durar e nem das consequências, é impossível que haja uma liberação imediata sem a intervenção da entidade máxima do futebol.

A tendência é que os clubes ucranianos comecem a pensar em negociar alguns de seus jogadores no meio da semana que vem e sempre no formato de empréstimo. Não está descartada a possibilidade de agremiações continuarem com os treinos em outro país da Europa, o que também inviabilizaria acordos por agora.

A chance de rescisão unilateral, apesar da guerra, ainda é considerada pequena, a não ser que os times envolvidos passem a não depositar seus salários por mais de três meses.

Ainda há a chance de essa lista de atletas sem ter onde jogar temporariamente aumente. Alguns brasileiros que atuam na Rússia estão negociando a saída do país também com medo das consequências da guerra.

No momento, o Brasil surge como a grande atração porque ainda tem a sua janela de transferências abertas, assim como outros mercados periféricos. A Europa só volta a contratar no meio do ano, e a Fifa ainda não sinalizou com a chance de mudar essa regra para ajudar os que fogem do conflito.

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