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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Título dá paz a Leila, que já mostrou irritação com pressão no Palmeiras

Leila Pereira, presidente do Palmeiras - Reprodução/Instagram
Leila Pereira, presidente do Palmeiras Imagem: Reprodução/Instagram

Colunista do UOL

03/03/2022 04h00Atualizada em 03/03/2022 13h39

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O título da Recopa Sul-Americana de ontem (2) não está entre os mais importantes conquistados pelo Palmeiras, mas dá uma trégua importante para Leila Pereira, que ainda não completou um trimestre no comando do clube, mas já deu sinais de irritação com a pressão que sofre. Caso fosse derrotado pelo Athletico, a semana seria de muita cobrança para o Alviverde.

Depois de surfar na onda do sucesso quando era apenas patrocinadora, ganhando até apelidos carinhosos da torcida, a empresária enfrenta críticas que a tiram da zona de conforto. A paz provisória pela taça levantada na quarta não deve durar muito.

Nos últimos dias, ela deu sinais importantes sobre não gostar da pressão. Primeiro, reuniu mídias palestrinas e pediu apoio. Durante o discurso que deu aos veículos criados por torcedores, a dona da Crefisa disse que gostaria de paz e nomeou uma jornalista para fazer a interlocução de sua diretoria com eles. Não durou uma semana, e a funcionária pediu para sair.

Junto a isso, ela sofreu com o fato de manter ao seu lado Olivério Júnior, que acabou desligado hoje (3). O jornalista tem longo histórico na área de assessoria de imprensa, trabalha com a empresária desde o começo de sua trajetória no Palmeiras, mas só depois da eleição virou alvo de críticas por ser corintiano e por ter outros rivais como clientes de sua empresa.

Até mesmo a torcida organizada, que sempre esteve ao lado de Leila Pereira e mantém estreitas relações, com direito até a patrocínio no Carnaval, entrou na onda das críticas e pediu a saída de Olivério. Essa insatisfação começou nas redes sociais, foi para as arquibancadas e agora dá mostras também no Conselho. Recentemente, mais de 30 conselheiros protocolaram um documento questionando essa escolha.

A empresária ainda sofre com críticas por não colocar um profissional formado para comandar o marketing, coisa que não acontecia há uma década no Palestra Itália. A reformulação deste setor tem sido altamente questionada, ainda mais porque ela promoveu demissões, mas não fez reposição em todos os setores. Há ruídos na comunicação entre clube e parceiros.

Antes mesmo de ser questionada pelas suas decisões na área de comunicação e marketing, Leila sofria por não conseguir contratar um camisa 9 à altura da expectativa da torcida. Sem querer passar dos limites financeiros, a empresária não conseguia passar um dia sem ser cobrada por isso. Nas redes sociais, começou a bloquear alguns torcedores que a questionavam e, hoje em dia, fechou as suas contas apenas para comentários de quem ela segue.

Ao menos por enquanto, essa pressão fica apenas nos bastidores. Não há indícios que o futebol está contaminado por esse ambiente e aí sobram elogios a Abel Ferreira, que tem conseguido manter o foco de seus atletas com o único objetivo de empilhar cada vez mais taças.

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