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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Quedas de Santos e Fluminense aliviam pressão de "gringos" na Conmebol

Presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez concede entrevista antes de sorteio da Libertadores e da Copa Sul-Americana - Pedro Ivo Almeida/UOL Esporte
Presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez concede entrevista antes de sorteio da Libertadores e da Copa Sul-Americana Imagem: Pedro Ivo Almeida/UOL Esporte

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Não dá para dizer que a Conmebol comemorou, mas as eliminações de Fluminense e Santos, nas quartas de final de Libertadores e Sul-Americana, respectivamente, aliviaram a pressão que a entidade que cuida do futebol sul-americano sofre por mudanças no formato de suas competições.

Segundo dirigentes revelaram ao blog, Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, tem sido interpelado em várias ocasiões por times de outros países questionando o domínio dos mesmos países nos últimos anos.

Caso os brasileiros estivessem classificados, dos oito semifinalistas dos dois torneios, sete seriam do mesmo país. Como isso não aconteceu, do total de vagas, cinco levam a bandeira brasileira. Na Libertadores, Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG ficam ao lado do Barcelona, do Equador. Na Sul-Americana, Red Bull Bragantino e Athletico disputarão com Libertad, do Paraguai, e Peñarol, do Uruguai.

O excesso de brasileiros já foi um tema discutido desde o ano passado, também por causa da final entre Palmeiras e Santos na Libertadores. Algumas federações abriram conversas com a Conmebol para discutir a possibilidade de regras que impossibilitariam que isso acontecesse, como já foi feito no passado quando o sorteio era orientado a colocar times dos mesmos países para se enfrentarem antes da decisão.

A questão é que com o aumento da competição, como já mostrou Marcel Rizzo, blogueiro do UOL, o número de representantes do Brasil e da Argentina dispararam e praticamente inviabilizam qualquer barreira no regulamento.

O entendimento da Conmebol também é de que a Libertadores e a Sul-Americana estão tendo sucesso no novo modelo e que é necessário dar tempo para que os países se acostumem. Também há o entendimento que é natural que brasileiros e argentinos dominem a competição por conta de sua força financeira.

Além disso, o novo formato aumentou o número de datas, subiu o valor dos patrocínios, dos direitos de televisão e, consequentemente, da premiação, o que também gera pagamentos mais gordos para todos os participantes.

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi informado, Libertad é um clube do Paraguai, e não do Uruguai. O erro foi corrigido.