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Danilo Lavieri

Galiotte admite erro com Luxa e faz lista de candidatos por estilo de jogo

Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras - Cesar Greco
Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras Imagem: Cesar Greco

Colunista do UOL

16/10/2020 04h00

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Internamente, Maurício Galiotte admite que errou ao escolher o nome de Vanderlei Luxemburgo para comandar o Palmeiras. O presidente faz questão de ressaltar que o agora ex-técnico teve bons momentos, conseguiu ajudar na reformulação, mas que não se encaixava com o discurso feito por ele mesmo sobre um estilo de jogo.

A pessoas próximas, o cartola afirmou que "a escolha não vai mais levar em conta o nome do técnico". Ou seja, dificilmente o Alviverde contratará medalhões como fez com Cuca, Luiz Felipe Scolari e o próprio Luxemburgo. Nomes de veteranos como o de Abel Braga, por exemplo, estão descartados.

O cartola afirmou que o mais importante é a implantação de um modelo de jogo, algo que vá ao encontro do que ele chama de DNA palmeirense. Ele sabe que para isso precisará de tempo e está disposto a bancar a nova contratação durante toda a sua gestão, até o ano que vem, mesmo que os resultados demorem mais a aparecer.

A rotina do presidente tem sido praticamente a mesma que a de Anderson Barros. Os dois passam o dia conversando com representantes de técnicos, buscando informações e recebendo relatórios de sua equipe de análise de desempenho.

Galiotte não quer repetir o erro de 2019, quando prometeu modernizar o futebol e não cumpriu ao contratar Luxemburgo. Naquela época, inclusive, ele havia analisado o nome de Miguel Ángel Ramírez, do Independiente Del Valle, mas ouviu alguns membros do Conselho Gestor e optou por alguém mais experiente.

O presidente promete que não cairá no mesmo erro ao ceder à pressão política para fazer a escolha e vai se apegar apenas ao lado técnico e tático. Por isso, Ángel Ramírez voltou a estar entre os cotados. Sua grande experiência com categorias de base também é bastante considerada.

O Palmeiras tem planos alternativos, e entre eles estão Rogério Ceni e Guto Ferreira. O favorito é o espanhol, mas os dois brasileiros também estão sob análise. A diretoria sabe da resistência que o ex-goleiro sofreria pelo seu passado são-paulino, mas tem bastante admiração pelo estilo de jogo. É importante destacar que não houve proposta oficial a nenhum nome, apenas análise da situação de cada um.

Chiqui Arce, hoje no Cerro Porteño, foi colocado na discussão, mas já descartado após avisar que pretende continuar no Cerro Porteño, do Paraguai. Gabriel Heinze tem grande apoio da torcida, mas há o receio que o argentino faça muitos pedidos por novas contratações, coisa que o Alviverde não pode oferecer por questões econômicas.

Outros nomes ainda surgirão como candidatos à vaga deixada por Vanderlei Luxemburgo. Se Maurício Galiotte cumprir a promessa, apenas os que têm o estilo de jogo marcado pelo dinamismo e pela intensidade serão considerados.

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