Topo

Danilo Lavieri

Como a pandemia afetou a seleção e quais os planos para a retomada

Tite, durante a convocação da seleção brasileira para as duas primeiras rodadas das Eliminatórias - Lucas Figueiredo/CBF
Tite, durante a convocação da seleção brasileira para as duas primeiras rodadas das Eliminatórias Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Colunista do UOL

07/07/2020 04h00

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

A pandemia de Covid-19 paralisou o mundo do esporte como um todo e, dentro dele, está a seleção brasileira. A equipe de Tite precisou fazer alterações no planejamento enquanto a bola parou de rolar e, agora, começa gradualmente a retomar a sua rotina. O desafio será continuar a renovação após a conquista da Copa América em meio ao calendário alterado e as incertezas do atual momento do futebol.

O último dia trabalho em que membros da comissão técnica da seleção foram até a CBF para uma reunião in loco foi no dia 16 de março. Depois de uma semana sem atividades, todos aderiram à onda do trabalho virtual e passaram a se encontrar nas telas de seus celulares uma vez por semana.

Sem bola rolando, o tema das reuniões foi o estilo de jogo considerado ideal por Tite e seus auxiliares e maneiras de chegar até lá, com vídeos, métodos de treinos e debates que aumentaram a base de dados da CBF.

A seleção aderiu à onda de VTs dos canais esportivos e assistiu a partidas que mostravam erros e acertos em jogadas específicas, tentando reforçar a importância de cada parte do treino. Com a volta do futebol na Europa, as reuniões passaram a acontecer duas vezes por semana. Ainda não há, no entanto, uma programação de retorno para acompanhamento diretamente dos estádios de nenhum representante da CBF.

A comissão ainda manteve contato com os atletas que sempre estiveram no radar, mesmo sem a certeza da data do próximo jogo. Quando Philippe Coutinho passou por uma operação no tornozelo em abril, por exemplo, o departamento médico se inteirou de todo o processo.

Por enquanto, a CBF trabalha com a informação da Fifa que as Eliminatórias começarão em setembro, mas a entidade sabe que isso pode mudar de acordo com o ritmo da pandemia e de acordo com o comportamento de cada país.

Há algumas apostas que o treinador precisará decidir se vai fazer ou não. Bruno Guimarães é o exemplo mais claro dessa situação. Em alta após um excelente Pré-Olímpico em janeiro e contratado pelo Lyon, ele não joga desde o dia 8 de março. Em uma eventual convocação para setembro, ele pode estar fora de ritmo ou não retomar o mesmo nível apresentado antes da pandemia.