Documentário de Galvão Bueno tem Romário e Ronaldo; Neymar não quis gravar

O documentário "Galvão: Olha o Que Ele Fez", que contará histórias da carreira do narrador Galvão Bueno, vai abordar também a relação do locutor com algumas das maiores figuras do esporte brasileiro, uma trajetória que gerou amigos e desafetos. Enquanto Romário e Ronaldo deram depoimentos exaltando a voz que eternizou conquistas de Copas do Mundo com as participações deles, Neymar não quis gravar entrevista. Felipão, técnico do título de 2002, também não falou com a produção.

A série documental está dividida entre cinco episódios e vai estrear no Globoplay no próximo dia 18. Destaque da seleção que levou o tetracampeonato mundial nos Estados Unidos, em 1994, Romário lembrou a narração histórica de Galvão na final contra a Itália, que o Brasil venceu nos pênaltis. "Quando você ouve o Galvão gritar: 'É tetra! É tetra', aquilo fica zumbindo no ouvido", disse o ex-jogador e atual senador.

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Romário conta ao longo da produção que chegou a sair com Galvão Bueno em momentos de descontração. "O Galvão é um sujeito bom de onda, bom de papo, sangue bom pra caramba, contador de história, cara positivo. Se for colocá-lo dentro de um saco, o Galvão narrador e o Galvão pessoa, o saldo vai ser positivo", exaltou o tetracampeão.

O narrador também falou sobre a Copa de 1994, que ele considera como um divisor de águas. "O mundo nunca mais foi o mesmo no meu trabalho depois do tetra."

Já Ronaldo, principal nome do Brasil na conquista do pentacampeonato mundial em 2002, na Coreia do Sul e no Japão, contou mais sobre a relação com Galvão na vida pessoal. A amizade entre os dois começou ainda no início da carreira do atacante nos anos 1990 e dura até hoje.

"Tivemos épocas em que demos boas aceleradas juntos. Teve uma em especial em que fomos para um restaurante bastante conhecido em Mônaco. Foi aquela resenha. Tivemos um encontro com o Michael Jordan. Ele foi super atencioso com a gente. Foi uma noite incrível", disse o Fenômeno.

Ronaldo foi comentarista na Copa do Mundo de 2014 e acompanhou de perto as narrações de Galvão na TV Globo. "Eu vi de perto o quão difícil é a realização daquele show, porque a grande verdade é que quando o Galvão está ali na transmissão, é o show dele. As pessoas, superficialmente, julgam o Galvão até com certa ignorância, por não entenderem também a dificuldade que tem por trás daquele show inteiro", afirmou.

A produção do documentário, que tem direção de Sidney Garambone e Gustavo Gomes, entrevistou mais de 50 pessoas para contar a história e montar um perfil de Galvão Bueno. Entre os nomes ouvidos estão atletas como Hortência, Zico, Kaká, César Cielo, Felipe Massa e Rubens Barrichello.

Galvão Bueno e a equipe do Globoplay viajaram para lugares que marcaram a história da carreira do narrador, como os estádios de Tóquio e Yokohama e o autódromo de Suzuka, no Japão, palcos de títulos mundiais do Brasil no futebol de clubes, seleções e na Fórmula 1. Também foi visitado o estádio Rose Bowl, nos Estados Unidos, palco do título da seleção na Copa de 1994.

A reta final da trajetória de Galvão como narrador na Globo, que aconteceu na Copa do Mundo de 2022, foi acompanhada pela equipe do documentário em Doha, no Qatar.