Santos e São Paulo fazem o clássico da tranquilidade improvável
Todo clássico regional é interessante. Todo clássico paulista com o Santos neste ano é um pouco mais.
Fora da Copa do Brasil e na segunda divisão do Brasileiro, o Peixe precisa curtir cada clássico regional como se fosse o último. Porque será quase.
O que torna este San-São ainda mais divertido é a improvável tranquilidade do embate. Ambos os times estão melhores do que se poderia esperar.
O Tricolor vinha de uma conquista inédita de Copa do Brasil, mas viu seu ano começar com o que os ianques chamam de "curveball". O lance inesperado: o surrupio do seu treinador pela CBF já no início da temporada, colocando todo o trabalho em risco e nas mãos de uma jovem aposta. O resultado: quatro vitórias em cinco partidas, uma quebra de tabu de 10 anos contra o Corinthians, um título inédito contra o Palmeiras e o iminente livramento de James Rodríguez.
O Santos vinha do pior. Depois de tanto resistir no Paulista, acabou caindo no Brasileiro, tornando uma situação financeira claudicante em uma desesperadora mesmo. Contratou como deu, baixou salários e trouxe Carille sem se entender direito com o time japonês que o empregava antes.
Semanas depois, o Alvinegro Praiano é líder do seu grupo, com 16 pontos em 7 jogos e apenas 5 gols sofridos. Tem a melhor defesa do campeonato, ao lado de Palmeiras, Novorizontino e o próprio São Paulo. Quem diria.
A equipe de Carpini, que também lidera o seu grupo, pode chegar aos mesmos 16 pontos se vencer hoje no Morumbis, tendo ainda o jogo adiado da Supercopa a cumprir.
É quarta de cinzas, início oficial do ano, e, portanto, cedo demais para prever como 2024 terminará para qualquer um de nós. No Dia Mundial da Ressaca, porém, dá para dizer que as águas se movem tranquilas dos dois lados da Anchieta.
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Opinião
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.
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