Brasil na roda: Diniz consegue duas façanhas em noite de Díaz e seu pai
Quando a partida entre Brasil e Colômbia começou, meu filho perguntou por que eu não estava torcendo para os dois. Eu não estava. Mas foi difícil não torcer por Luís Díaz. O autor dos gols que levaram sua seleção a uma vitória inédita sobre o Brasil nas Eliminatórias vivia um momento imenso.
Ontem, reencontrou-se pela primeira vez com o pai, sequestrado por 12 dias pelo Exército de Liberação Nacional. Luís Manuel Díaz chorava no estádio o choro dos aliviados. O choro dos pais orgulhosos. O choro dos vivos.
Já o Brasil, bem, o Brasil fez um jogo horroroso. Sem laterais e sem meio-campo, deixou de existir pouco depois de abrir o placar, aos 4 minutos. Especialmente depois de perder Vini Jr., ainda na metade do primeiro tempo. A substituição de Rodrygo selou o destino da seleção, dominada pelos colombianos.
Foram 11 finalizações brasileiras, contra 10 só de Díaz e 21 da Colômbia. Arrisco dizer que o 2 a 1 saiu barato. Um salve para Alisson, que impediu um resultado ainda pior, e para a estreia de Endrick por seu país.
O Brasil cedeu uma infinidade de contra-ataques e espaços. Na trocação, perdeu quase tudo. O jogo de transição transitou em julgado, assim como a passagem de Fernando Diniz na Seleção. Claro, falta o grande duelo no Maracanã contra a Argentina, que perdeu em casa para o Uruguai.
Por ora, Diniz alcança duas marcas inéditas para o Brasil em Eliminatórias: primeira derrota para a Colômbia e primeira vez que perde duas seguidas. Além da façanha de ocupar o quinto lugar, tendo vencido apenas Bolívia e Peru (no último minuto).
Não se pode culpar o técnico por não ousar. Tentou implementar sua complexa visão, mesmo diante do pouco tempo de treinamento. Ainda não deu bom. Resta uma oportunidade para tentar salvar seu legado. Ou provar que Tite era melhor do que muita gente pensava.
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Opinião
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