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Urnas eletrônicas darão resultado fiel da vontade do povo, diz Pacheco

Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) - Roque de Sá/Agência Senado
Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) Imagem: Roque de Sá/Agência Senado

Gabriela Vinhal, Rafael Neves e Paulo Roberto Netto

Do UOL, em Brasília

18/07/2022 19h15Atualizada em 18/07/2022 19h17

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou hoje (18) que a segurança das urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral não podem mais ser colocados em dúvida. O senador rebateu os novos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral.

"Uma democracia forte se faz com respeito ao contraditório e à divergência, independentemente do tema. Mas há obviedades e questões superadas, inclusive já assimiladas pela sociedade brasileira, que não mais admitem discussão", afirmou Pacheco.

Em nota, o presidente do Senado disse que "não há justa causa e razão" para questionar o pleito, e classificou como "ruins" as declarações que colocam em xeque a segurança do processo.

"O Congresso Nacional, cuja composição foi eleita pelo atual e moderno sistema eleitoral, tem obrigação de afirmar à população que as urnas eletrônicas darão ao país o resultado fiel da vontade do povo, seja qual for", completou.

Ataques às urnas

O presidente Jair Bolsonaro reuniu nesta tarde um grupo de embaixadores no Palácio da Alvorada, em Brasília, para levantar novamente suspeitas infundadas sobre a segurança do processo eleitoral de 2022.

O encontro, que foi anunciado por Bolsonaro há mais de um mês, foi transmitido pela TV Brasil, uma emissora pública, a menos de 80 dias das eleições.

Em seu pronunciamento, que durou pouco mais de 30 minutos, Bolsonaro falou especialmente sobre um inquérito aberto pela PF (Polícia Federal), em 2018, que apurou uma invasão cibernética aos sistemas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Desde que o presidente vazou esse documento em suas redes sociais, no ano passado, o TSE sustenta que o ataque hacker não levou risco à integridade das eleições naquele ano.

No discurso, Bolsonaro atacou especialmente o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, e os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal). Barroso presidiu o TSE até fevereiro desse ano, quando deu lugar a Fachin, e Moraes estará à frente do tribunal durante as eleições, em outubro.