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Ciro diz apoiar 'não agressão' na campanha, mas cobra presenças em debates

Ciro Gomes cobrou que demais candidatos se comprometam a participar de debates - Reprodução/Youtube Flow
Ciro Gomes cobrou que demais candidatos se comprometam a participar de debates Imagem: Reprodução/Youtube Flow

Mariana Durães

Do UOL, em São Paulo

13/07/2022 17h58Atualizada em 13/07/2022 21h46

Pré-candidato ao Planalto pelo PDT, o ex-ministro Ciro Gomes disse apoiar o que chamou de "pacto de não agressão" durante a campanha, em referência à proposta apresentada por dirigentes dos partidos que compõe a coligação Lula-Alckmin ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O grupo pediu que a Corte adote medidas administrativas para garantir a segurança do processo eleitoral.

Em mensagem publicada nas redes sociais, Ciro disse ser a favor de "qualquer iniciativa que defenda a paz e a normalidade no pleito". No entanto, cobrou mais uma "cláusula" no acordo, pedindo que todos os candidatos se comprometam a participar de debates ao vivo nos meios de comunicação.

"A troca ampla de ideias e o confronto de propostas são as maiores garantias de uma paz democrática duradoura", escreveu.

No mesmo sentido, a senadora Simone Tebet, que é pré-candidata do MDB ao Planalto, também criticou a ausência em debates. Ela se disse "pronta para discutir os reais problemas do Brasil".

"Eu vou participar de todos os debates", escreveu no Twitter. Mais cedo, ela também havia proposto um "pacto de não agressão" entre as campanhas eleitorais.

No documento entregue ao ministro Alexandre de Moraes, futuro presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o grupo fez uma representação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por discursos de ódio durante a campanha eleitoral.

No texto, é dito que Bolsonaro "vem estimulando e permitindo o aumento do armamento da população e incitando a violência política por meio de discursos irresponsáveis". As legendas relembram que o governo já editou, desde 2019, ao menos oito decretos que tratam de armas de fogo.

A representação também pede que o presidente seja obrigado a condenar o assassinato de Marcelo Arruda, morto por um simpatizante do presidente no fim de semana. Segundo os partidos, as falas de Bolsonaro reforçam a prática de violência no imaginário comum de seus apoiadores.

Participaram do encontro com Moraes a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, os presidentes do Solidariedade, Paulinho da Força, e do PV, José Luiz Penna.

Também estiveram presentes o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, que coordena o núcleo jurídico da campanha petista, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Humberto Costa (PT-PE), Fabiano Contarato (PT-ES), os deputados Alencar Santana (PT-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Bira do Pindaré (PSB-MA), Reginaldo Lopes (PT-MG) e Henrique Fontana (PT-RS).

Hoje, a pré-candidata Simone Tebet (MDB-MS) também propôs um "pacto de não agressão" entre as campanhas após o assassinato de Marcelo Arruda. A proposta também foi entregue à Alexandre de Moraes.