Lula cita governo Dilma para criticar preço dos combustíveis com Bolsonaro
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citou hoje o governo da ex-mandatária Dilma Rousseff (PT) para criticar o valor dos combustíveis no governo de Jair Bolsonaro (PL).
"Essa deveria ser a comparação de preço feita nos postos de gasolina. Um motorista poderia rodar até 630 km a mais com o preço dos combustíveis nos governos PT. Com Lula e Dilma, o Brasil ia muito mais longe. E de tanque cheio", escreveu o petista no Twitter.
A fala foi uma indireta após o presidente editar um decreto que obriga postos a exibir os preços dos combustíveis antes e depois da lei que limita a cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em 17%. O texto foi publicado hoje no Diário Oficial da União.
Na imagem publicada com o texto, Lula comparou julho de 2010, no seu governo, e escreveu que o litro da gasolina custava R$ 2,53 no período. Segundo o petista, com o salário mínimo de R$ 510 à época dava para abastecer 201 litros.
Já no governo Dilma, em julho de 2015, o litro da gasolina era encontrado por R$ 3,29 o litro. Com o salário mínimo de R$ 788 era possível comprar 240 litros do combustível.
Ainda de acordo com a publicação, em julho de 2022, o preço do litro está R$ 6,86. Com o salário mínimo de R$ 1.212 dá para abastecer os veículos nos postos com 177 litros.
"Com Bolsocaro são 53 litros a menos no tanque do brasileiro."
Preços do diesel, gasolina e etanol já têm queda nos postos
Os preços médios do diesel, gasolina e etanol caíram no país, segundo o levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) divulgado na última sexta-feira (1º). A pesquisa considerou a semana de 26 junho a 2 de julho. O preço dos combustíveis é visto como um dos pontos importantes da campanha do atual presidente à reeleição.
A diminuição dos valores está ocorrendo após o presidente Jair Bolsonaro ter sancionado no dia 23 de julho o projeto que limita a aproximados 17% a cobrança de ICMS sobre combustíveis. O texto havia sido aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados no dia 15 de junho. Alguns estados, como São Paulo, já passaram a adotar a nova medida.
A gasolina comum também registrou queda no preço médio nos postos de combustível do país e passou de R$ 7,390 para R$ 7,127 na semana do levantamento. O recuo foi de R$ 0,263 para o bolso do consumidor. Já o menor preço registrado desse combustível foi de R$ 5,580 no município de Matão, no interior de São Paulo, enquanto o valor o maior foi de R$ 8,890 na capital paulista.
Ministro de Bolsonaro faz propaganda em posto de gasolina
Hoje, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, parou em um posto de combustíveis da rede Ipiranga, em Brasília, para fazer propaganda do valor da gasolina cobrada no local, de R$ 5,99 o litro.
No Twitter, Sachsida publicou um vídeo no qual se apresenta, exibindo a placa do preço de combustível. "Hoje é dia 7 de julho. Eu tô aqui no posto Ipiranga, do Noroeste, em Brasília, do Distrito Federal. E tá aqui o preço da gasolina atrás de mim. R$ 5,99. Então, é isso. Competição, transparência e trabalho duro. Nós estamos conseguindo reduzir o preço do combustível", comentou.
Ao divulgar o vídeo, o ministro escreveu: "Preço da gasolina abaixo de R$ 6 em Brasília. Com transparência, competição e trabalho duro os resultados aparecem".
Ontem, o ministro já havia divulgado uma tabela com preços de combustíveis praticados em todos os Estados do País. O governo federal está em campanha aberta para dizer que tem zerado os impostos federais, como PIS e Cofins, enquanto Estados resistem em reduzir suas cobranças estaduais, caso do ICMS.
Segundo Sachsida, as medidas já adotadas têm potencial de reduzir o preço da gasolina, em média, em até R$ 1,55 por litro. "Veja até quanto pode cair o litro da gasolina no seu Estado e compare com o preço cobrado nas bombas. Quanto mais competição e transparência melhor para o consumidor", escreveu o ministro ontem.
*Com Estadão Conteúdo
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