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Moro deixou Podemos com dívida de R$ 2 milhões junto a produtora de vídeos

O ex-juiz Sergio Moro em vídeo - Reprodução/Instagram/SF_Moro
O ex-juiz Sergio Moro em vídeo Imagem: Reprodução/Instagram/SF_Moro

Weudson Ribeiro

Colaboração para o UOL, em Brasília

11/05/2022 20h25

A produtora de vídeos D7 enviou ao Podemos uma notificação extrajudicial em que cobra R$ 2 milhões, referentes à produção de vídeos para a pré-campanha do ex-ministro Sergio Moro (União Brasil).

O trabalho envolvia a filmagem e o retoque das inserções estaduais e nacionais em que o partido divulgaria Moro como presidenciável. "Com a saída de Moro da sigla, a entrega não existiu de maneira integral, tendo apenas dois vídeos sido veiculados", afirmou ao UOL o Podemos.

A sigla propôs à empresa o pagamento de metade do valor acordado em contrato assinado em fevereiro deste ano —dois meses antes de o ex-juiz ter se mudado para o União Brasil.

"Jamais medimos esforços para garantir a Moro uma pré-campanha robusta, a começar por um grande evento de filiação e por toda retaguarda necessária para deslocamentos em segurança pelo país, com garantia de recursos para a futura campanha eleitoral", afirmou a sigla em nota.

Segundo a presidente do partido, deputada federal Renata Abreu (SP), Moro não fez qualquer comunicado interno antes de abandonar o partido.

Em nota, a A D7 Filme esclareceu que foi contratada, em fevereiro deste ano, pelo Podemos para a prestação de serviços de assessoria em comunicação, marketing e publicidade, inclusive criação e estratégia, produção e entrega de inserções partidárias estaduais e nacionais durante o primeiro semestre de 2022.

"Como previsto em contrato, 50% do valor estipulado deveria ter sido pago no ato da assinatura e o restante em quatro parcelas. No entanto, nada foi pago até agora".

A sigla se prepara para lançar a pré-candidatura do general Carlos Alberto dos Santos Cruz ao Palácio do Planalto.

O militar é considerado, segundo a cúpula do Podemos, o nome mais forte da sigla entre outros cotados à cabeça da chapa presidencial, como os senadores Álvaro Dias (PR) e Oriovisto Guimarães (PR), e o ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol (PR).