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Colombo defende vigilância comunitária, menos repressão e reforma agrária

Colaboração para o UOL

05/05/2022 16h56Atualizada em 05/05/2022 17h23

Pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PCB, o agrônomo Gabriel Colombo defendeu, durante sabatina UOL/Folha, uma vigilância comunitária entre os moradores dos bairros e afirmou que a repressão policial deve diminuir.

Gabriel disse que é necessário "preparar os bairros para fazer defesa comunitária, ter um controle maior do bairro para ter vigilância que não tenha essa ostensividade das polícias que chegam desrespeitando, assassinando".

Para que isso aconteça, algumas pessoas do bairro "vão ter acesso a porte de armas".

"Não é uma questão da conjuntura, de defender armamento, mas algo que a gente pauta dentro da desmilitarização da Polícia Militar, de passar para vigilância comunitária".

Em relação à "desmilitarização" da Polícia Militar, o pré-candidato afirmou que a classe trabalhadora é a mais penalizada pela ação policial.

"A Polícia Militar não cumpre o papel de garantir segurança pública. Aumenta o aparato de equipamento da Polícia Militar, mas ninguém se sente seguro", afirmou.

Durante a sabatina, Gabriel também defendeu que há terras para fazer reforma agrária no estado.

"Há um levantamento de um professor de geografia da USP baseado no Censo de 2006 de que há 5 milhões de hectares de terras improdutivas. Terras improdutivas são aptas para reforma agrária. Então tem terra para isso."

Defendeu também que "as grandes propriedades do agronegócio não produzem ou produzem muito pouco para mercado interno e já funcionam em lógica de preços dolarizados. Então isso é um absurdo", acrescentou.

O pré-candidato foi entrevistado pelo colunista do UOL Leonardo Sakamoto e pela repórter da Folha Carolina Linhares, com apresentação de Diego Sarza.

Próximas sabatinas em SP

  • Altino de Melo (PSTU) - 06/05 - 10h
  • Fernando Haddad (PT) - 06/05 - 16h

O que diz a pesquisa Datafolha

O ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad (PT) lidera a intenção de votos, com 29%. Em segundo lugar, está o ex-governador Márcio França (PSB), com 20%.

O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), têm um empate técnico, com 10% e 6%, respectivamente.

Vinicius Poit e Felicio Ramuth (PSD) têm 2% cada um. Abraham Weintraub (PMB) e Altino Junior (PSTU) marcam 1%. Todos estão empatados dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Gabriel Colombo (PCB) não aparece entre os nomes da lista apresentada aos entrevistados.

O instituto ouviu presencialmente 1.806 eleitores de 62 cidades paulistas entre 5 e 6 de abril, com margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou menos. O levantamento tem índice de confiança de 95% e está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número SP-03189/2022.