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Políticos ironizam Moro após desistência de candidatura ao Planalto; veja

Sergio Moro deixou o Podemos e se filiou ao União Brasil - Reprodução
Sergio Moro deixou o Podemos e se filiou ao União Brasil Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

31/03/2022 17h38

Após o anúncio da desistência do ex-ministro e ex-juiz federal Sergio Moro da corrida pela Presidência da República, deputados e senadores de diversos partidos e alas ideológicas ironizaram a decisão. Em nota publicada em suas redes sociais, Moro confirmou que se filiou ao União Brasil e que não deverá concorrer ao Planalto em outubro. A expectativa é de que ele tente uma vaga na Câmara dos Deputados por São Paulo.

Sem citar o nome do ex-juiz, o deputado federal e pré-candidato do Avante ao Palácio do Planalto André Janones (MG) criticou a desistência de quem se retira da corrida eleitoral por "insucesso momentâneo em pesquisas". Para ele, a decisão é própria de quem não tem "projeto de país, mas sim projeto de poder".

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) ironizou a decisão do ex-juiz. Disse que, com um pouco mais de tempo, Moro estaria disputando a vaga "do amigo 'Mamãe falei'", o deputado estadual Arthur do Val, na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, fez duras críticas a Moro. Disse que ele "usou a toga para se promover" e que "abusou das prisões/delações, condenou sem provas". Também o acusou de ter feito parte do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), como ministro da Justiça e Segurança Pública, "de olho [em uma vaga] no STF".

"Nem bem entrou num partido, já está mudando, nem os seus o querem e a candidatura miou", escreveu.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) também publicou sobre o fato político. A bolsonarista, que teve Moro como padrinho de seu casamento com o coronel Aguinaldo de Oliveira, ocorrido em fevereiro de 2020, disse que a decisão não é surpresa para ninguém.

O deputado federal bolsonarista Carlos Jordy (PSL-RJ) disse que "uma barata tonta tem mais norte que a 3ª via", em referência ao fato de Moro tentar ser o antagonista à polarização da corrida eleitoral, atualmente protagonizada entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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