Topo

Em posse de Lewandowski no TSE, Fachin volta a defender urnas eletrônicas

Posse de Lewandowski no TSE - Reprodução
Posse de Lewandowski no TSE Imagem: Reprodução

Rafael Neves

Do UOL, em Brasília

08/03/2022 19h31

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, voltou a discursar em defesa do sistema eleitoral na posse do ministro Ricardo Lewandowski, que assumiu uma cadeira na Corte. Lewandowski entrou no lugar de Luís Roberto Barroso, ex-presidente que comandou o tribunal até o mês passado.

Estavam na posse as principais autoridades do Judiciário no país, parte delas por videoconferência. O presidente do TSE cumprimentou no microfone a cada uma, depois de dar posse a Lewandowski, e passou a falar sobre o novo membro da Corte.

Lewandowski, que já presidiu ele mesmo o TSE, de 2010 a 2012, não chegou a discursar. Ao ser empossado, apenas leu um juramento protocolar. Já Fachin fez um discurso e chamou Lewandowski de "magistrado intimorato (que não teme, valente)" por seu posicionamento "impávido" na defesa da democracia e das urnas eletrônicas.

Todos nós reconhecemos nele um magistrado intimorato, um magistrado impávido na defesa da democracia, da defesa da Constituição eleitoral de 1988, da integridade do processo eletrônico de votação e totalização de votos adotado pela Justiça Eleitoral há mais de 25 anos".
Presidente do TSE, Edson Fachin, ao dar posse ao ministro Ricardo Lewandowski

O ministro é hoje o segundo integrante mais antigo do tribunal, atrás apenas do decano Gilmar Mendes. No cargo desde 2006, indicado pelo ex-presidente Lula, Lewandowski presidiu a Corte entre setembro de 2014 e setembro de 2016. O período foi marcado, entre outros motivos, pela chegada de casos da operação Lava Jato ao Supremo.

Nos últimos tempos, Lewandowski vem tendo posicionamentos discretos e fez inclusive um aceno à base bolsonarista: foi o único ministro do STF a comparecer a um culto evangélico em Brasília em comemoração à posse do ministro André Mendonça. O evento religioso teve a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL) e da primeira-dama Michelle, além de vários ministros e parlamentares.

Lewandowski divulgou hoje à imprensa uma nota em homenagem ao Dia Internacional da Mulher: "Se tivéssemos mais mulheres em posição de mando no mundo, com certeza não estaríamos testemunhando a guerra na Ucrânia!".