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Moro pede união do centro 'o quanto antes' contra Lula e Bolsonaro

Moro critica que essa união entre os outros pré-candidatos só aconteça em "momento oportuno no futuro" - Fredy Uehara/LIDE
Moro critica que essa união entre os outros pré-candidatos só aconteça em "momento oportuno no futuro" Imagem: Fredy Uehara/LIDE

Colaboração para o UOL

21/02/2022 19h28Atualizada em 21/02/2022 19h28

O presidenciável Sergio Moro (Podemos) defendeu, em texto publicado no site O Antagonista hoje, a união do centro "o quanto antes" contra uma polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial deste ano.

"Sempre destaquei que, se ingressasse na política, contribuiria, em 2022, para o esforço conjunto contra a polarização eleitoral entre Lula e Bolsonaro; um o representante de um governo do passado que fracassou e o outro, do governo do presente que estava e está fracassando."

Moro critica que essa união entre o centro só aconteça em "momento oportuno no futuro". "A união do centro é conveniente e deveria ocorrer. Na minha opinião, o quanto antes seria melhor. É possível lutar e derrotar os extremos em voo solo, mas vale o velho ditado de que a união faz a força. Há quem entenda, porém, que essa união possa esperar momento oportuno no futuro. Não devemos, porém, nos enganar."

No texto, o ex-juiz diz que tanto Bolsonaro quanto Lula contam com a propagação de mentiras para vencer o pleito. "No fundo, os extremos se retroalimentam, incutindo na população o medo e o ódio de um em relação ao outro. Querem condenar o Brasil a uma escolha difícil entre dois lados que fracassaram, entre duas mentiras e dois rejeitados."

Sem citar nomes, o ex-ministro de Bolsonaro também diz estar espantando com apoio de parcela da população, empresas e organizações da sociedade civil a um dos extremos. "Assusta-me ver o autoengano de alguns adesistas, com base na ilusão de que um segundo ou terceiro mandato dos extremistas possa ser melhor do que os mandatos nos quais já fracassaram."

Manifesto a favor de Lula no 1º turno

Um grupo de artistas, empresários e advogados se reunirá em São Paulo no dia 15 de março para lançar um manifesto e formar o movimento Lula no Primeiro Turno, em apoio à candidatura do petista. As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.

Entre os signatários há nomes que fizeram duras críticas ao PT nos últimos anos e até mesmo que foram a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, como é o caso do ex-senador Cristovam Buarque. Há também apoiadores de longa data, como o cantor Chico Buarque e o advogado Marco Aurélio de Carvalho.

A iniciativa, encabeçada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), reúne o ex-ministro do governo FHC Milton Seligman, o advogado e ex-deputado federal Maurício Rands, que deixou o PT em 2012 após rompimento com fortes críticas, a empresária Rosangela Lyra, que militou no movimento Vem Pra Rua e coletou assinaturas para uma iniciativa patrocinada por procuradores da Operação Lava Jato com medidas anticorrupção, o advogado Evandro Pertence, o professor da USP José Eli da Veiga, entre outros.

Lula também lidera em nova pesquisa

Pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte) em parceria com o Instituto MDA divulgada hoje aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua na liderança para a disputa eleitoral deste ano para a Presidência. Ele aparece com 42,2% das intenções de voto, à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL), que ficou com 28%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Em relação à pesquisa anterior, divulgada em dezembro, Lula oscilou 0,6 ponto percentual para baixo (portanto, dentro da margem de erro) — na ocasião ele aparecia com 42,8% na pesquisa de intenção de voto estimulada, quando o nome dos candidatos é apresentado ao entrevistado. Já Bolsonaro cresceu 2,4 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, quando aparecia com 25,6%. A diferença entre os dois, que era de 17,2 pontos percentuais, agora é de 14,2.

Em terceiro lugar aparece o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 6,7%, tecnicamente empatado com o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) com 6,4%. Ciro oscilou 1,8 ponto percentual para cima, em relação ao levantamento anterior, quando tinha 4,9% das intenções de voto; já Moro caiu 2,5 pontos percentuais — em dezembro ele tinha 8,9%.