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Alvo do PSD, Leite diz ter 'coragem' para ser nome da terceira via

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) - Ueslei Marcelino/Reuters
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

Do UOL, em São Paulo

18/02/2022 22h04

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou hoje em evento que possui "coragem" para ser um dos possíveis nomes a representar a terceira via, como é chamada a tentativa de construir uma candidatura alternativa à polarização de eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL).

"Estou sendo provocado sobre o cenário nacional", afirmou o governador. "Se for de fato algo consistente e a gente tenha apoio para isso, eu tenho coragem de me colocar à disposição para apresentar um caminho alternativo", completou.

O atual partido de Leite já anunciou João Doria, governador de São Paulo, como o pré-candidato da sigla à presidência da República, e o político do Rio Grande do Sul admitiu manter conversas com o PSD, partido dirigido por Gilberto Kassab, onde é cortejado para entrar na corrida eleitoral de outubro.

No campo nacional, existem dois campos políticos bem marcados, que polarizam a disputa eleitoral e quem tenta ser alternativa também é polarizante, porque também é agressivo. Estamos conversando condições. [...] Mas não há definição
Eduardo Leite

Durante o evento, Leite falou que essas poderiam ser suas últimas falas como governador do Rio Grande do Sul, deixando ambíguo se ele deixaria o cargo para se candidatar à presidência ou se por sua forte posição contra políticos se reelegerem, o que ele reforçou hoje em seu discurso.

Espaço no PSD

Leite era um dos nomes cotados pelos tucanos para representar o PSDB nas urnas em 2022. No entanto, o partido optou por levar João Doria para a disputa.

No PSD, Kassab já afirmou que Leite pode ser candidato ao Palácio do Planalto pelo partido, caso o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decida não entrar na disputa — ele avalia desistir da corrida presidencial e focar na eleição para o comando do Senado em fevereiro de 2023.

O governador gaúcho já fez críticas à pré-candidatura de Doria, de quem perdeu nas prévias tucanas para a Presidência, e classificou como "extremamente preocupante" o fato de o paulista não estar crescendo nas pesquisas de simulação de votos.