De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o único equipamento de proteção obrigatório para piloto e passageiro de motocicletas é o capacete com viseira ou óculos protetor. Porém, outros itens são importantes para garantir a segurança do motociclista.
O UOL Carros listou seis equipamentos que todo motociclista deveria usar para se manter mais seguro no trânsito:
Jaquetas
Seu guarda-roupa de motociclista precisa ter uma jaqueta apropriada para andar de moto. Escolha uma jaqueta feita em tecido resistente à abrasão, como o tradicional couro ou ainda a cordura, que te protegerão no caso de uma queda.
É importante também optar por jaquetas que contam com protetores especiais, geralmente homologadas para o motociclismo, que reduzem o impacto de uma pancada no asfalto e podem até evitar uma fratura. O ideal é que a jaqueta tenha protetores nos ombros e cotovelos, além de um protetor na coluna.
Calças
Nem pense em pilotar uma moto de bermuda, mesmo que esteja calor. Além de correr o risco de queimar as pernas nas partes quentes do motor ou do escapamento, um tombo bobo pode causar ralados dolorosos e difíceis de curar. O mínimo é sempre usar calça comprida, pelo menos, feita em jeans.
Atualmente existem até mesmo calças para motociclismo fabricadas em jeans reforçados com kevlar - o mesmo material utilizado nos coletes à prova de balas. As calças jeans para andar de moto também contam com protetores nos joelhos e podem ser uma boa opção para vestir no dia-a-dia, já que têm um desenho mais casual.
Mas, caso vá pegar a estrada, onde a velocidade é mais alta, o ideal mesmo é usar uma calça de cordura ou de couro, tecidos mais resistentes à abrasão. Esse tipo de calça também traz protetores, geralmente nos quadris, joelhos e canelas, para evitar lesões mais graves no caso de uma queda.
Luvas
Muitos motociclistas pilotam sem proteger uma parte fundamental para quem anda de moto: as mãos. Em qualquer tombo "besta", instintivamente, as mãos são as partes que costumam tocar o chão primeiro; fazemos isso para tentar amortecer a queda. Por isso, é imprescindível usar luvas ao andar de moto.
"Mãos são partes muito sensíveis do nosso corpo. Fraturas e lesões são de difícil recuperação e podem deixar sequelas no que se refere à sua função", afirma o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Jorge Santos Silva. "A principal vantagem da luva é minimizar danos na pele e tecidos da mão", acrescenta.
Mas não adianta usar uma luva qualquer, feita em borracha ou pano. É preciso escolher uma luva apropriada para o motociclismo, fabricada em tecido resistente e com protetores na parte de cima da mão e também nas articulações.
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Quero receberExistem desde opções mais simples, como as luvas de motocross, até as mais sofisticadas, como as luvas de couro, para usar na estrada ou acelerar em uma pista. Os preços variam conforme os materiais empregados e o nível de proteção oferecido.
Se for rodar apenas na cidade, uma luva urbana e mais curta já ajuda. Mas, se for fazer uma longa viagem, vale investir em uma luva mais resistente e confortável que pode até te proteger do frio e da chuva também.
Botas
Quem tem o hábito de correr para manter a forma costuma usar um tênis de corrida. Portanto, quem pilota também deveria usar uma bota apropriada para andar de moto. Afinal, os pés são partes dos motociclistas que ficam muito expostas e sujeitas a lesões.
Se for rodar em ambiente urbano, botas, como as utilizadas em caminhadas ou montanhismo, já ajudam a proteger os pés. De preferência de cano alto e feita em material resistente, como couro.
Mas também existem opções mais sofisticadas e seguras para proteger seus pés. Diversas marcas oferecem botas de motociclismo, com desenho casual, que podem muito bem ser usadas no dia-a-dia.
Outra opção é usar uma bota de moto e levar seu calçado preferido na mochila, para vesti-lo quando chegar ao escritório ou à faculdade.
Mas, de novo, vale a regra de escolher o equipamento adequado ao uso. Ou seja, se for viajar e pegar rodovias, o ideal é investir em uma bota de cano mais alto, que vá até o meio da canela, e traz proteções para os dedos e tornozelos. Também existem modelos mais robustos e seguros, utilizados por pilotos em pistas ou viagens.
Protetor de coluna
Outro item que pouca gente usa, ou conhece, é o protetor de coluna. Em caso de uma queda na qual o motociclista bata as costas no chão ou em uma guia, por exemplo, um bom protetor de coluna vai absorver a força e lhe proteger.
Articulado, o item lembra um casco de tartaruga e conta com alças e uma cinta para ser fixado nas costas do motociclista. Leves, os protetores de coluna devem ser usados por baixo da jaqueta de moto. Há desde os mais simples, que custam a partir de R$ 350, até os mais sofisticados, que não saem por menos de R$ 1,5 mil.
O importante é usar os equipamentos adequados para andar de moto que garantam conforto e proteção. Alguns desses itens não são baratos, mas, se bem cuidados, duram muito tempo. Também é importante lembrar que sua segurança não é um gasto, mas sim um investimento.
Cuidado na escolha do capacete
"O equipamento precisa ser homologado, com selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), estar dentro do prazo de validade e corretamente afivelado ao pescoço", reforça o instrutor de pilotagem do Centro Educacional do Trânsito Honda em Recife (PE) Gutenberg Santos Silva.
Segundo estudos da Organização Mundial da Saúde, capacetes seguros e de qualidade reduzem o risco de morte do motociclista em um acidente de trânsito em mais de seis vezes, além de diminuírem o risco de lesão cerebral em até 74%.
Entretanto, o capacete ideal precisa ficar justo na cabeça: não pode ficar apertado, mas também não pode ficar muito largo a ponto de "dançar" quando você balançar a cabeça. Não se esqueça de ajustar a cinta jugular de forma que o capacete fique firme no pescoço.
Dê preferência aos modelos integrais (fechados) que também protegem o queixo. Caso prefira os modelos abertos, ande sempre com a viseira fechada ou use um óculos de proteção apropriado para isso.
Apesar de ser o principal equipamento de proteção dos motociclistas, o capacete não é, ou não deveria ser o único. Afinal, no caso de uma queda, o motociclista pode sofrer lesões em outras partes do corpo.
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