Hora extra? 5 carros que não mudam há anos e se aproximam da aposentadoria
Existem alguns carros no Brasil que resistem no mercado, mesmo lançados há muito tempo e sem atualizações relevantes.
Vendendo bem menos do que antigamente, os "quase aposentados" já "pagaram" os respectivos projetos e ainda têm um público que justifica a sua sobrevida.
Alguns são modelos antigos que permanecem em produção como opção de entrada a modelos mais modernos e equipados - é o caso do Fiat Grand Siena em relação ao Cronos.
Outros cumprem hora extra à espera dos seus sucessores, como Chevrolet Montana, Citroën C3 e Volkswagen Fox.
Confira cinco exemplos.
Fiat Doblò
Lançado em 2001, o veículo que mescla características de furgão e van de passageiros permanece no mercado, embora sem mudanças consideráveis desde então. Sua última reestilização foi em 2009.
De janeiro a setembro deste ano, teve apenas 2.150 emplacamentos e hoje está disponível em duas versões, ambas equipadas com transmissão manual e motor 1.8 flex de 139 cv.
O Doblò resiste no mercado na configuração para passageiros Essence, com sete lugares e preço sugerido de R$ 99.990; e Cargo, que retornou este ano e está tabelada em R$ 89.990.
Já na linha 2021, o modelo ganhou Isofix e Top Tether.
Chevrolet Montana
A veterana da Chevrolet ainda traz a dianteira, o interior e uma série de componentes do finado Agile e não disfarça a idade avançada: é praticamente igual a quando foi lançada, no longínquo setembro de 2010.
Mesmo defasada ante concorrentes como a nova Fiat Strada e a Volkswagen Saveiro, ainda tem um público cativo e aposta no bom custo-benefício para sobreviver como veículo de trabalho.
Já está disponível como linha 2021 em versão única, equipada com motor 1.4 flex de 99 cv e câmbio manual.
Nos primeiros nove meses deste ano, teve pouco menos do que 5,5 mil unidades comercializadas - uma fração das quase 50 mil vendas da líder Strada no mesmo período.
A General Motors trabalha para lançar a sucessora da Montana, que será produzida sobre a mesma plataforma utilizada na linha Onix e também no novo Tracker.
Ela terá porte intermediário, com direito a cabine dupla e quatro portas, seguindo a tendência lançada pela nova Strada dentre as picapes compactas.
Citroën C3
O hatch compacto, que já viu dias muito melhores em termos de vendas, está bem perto da despedida. O baixo volume de emplacamentos indica isso: neste ano, tem menos de mil exemplares licenciados.
Enquanto na Europa o modelo chegou à terceira geração em 2016, aqui permanece na segunda, lançada no Brasil em meados de 2012.
Até hoje, traz o mesmo visual que estreou mais de oito anos atrás.
A PSA, dona da Citroën, já está na fase final de desenvolvimento do seu sucessor, que será produzido sobre a mesma plataforma modular CMP utilizada na segunda geração do "primo" Peugeot 208, que acaba de estrear, com produção argentina.
O novo C3 a ser vendido aqui em 2021 será diferente do europeu e terá produção na fábrica de Porto Real (RJ), que recebeu investimento de R$ 220 milhões para receber a nova base CMP - da qual outros modelos vão derivar.
Atualmente, o C3 é vendido em três versões, com preços sugeridos entre R$ 62.090 e R$ 77.990. Na opção de entrada, vem com motor 1.2 flex de 90 cv e câmbio manual - já as demais são equipadas com propulsor 1.6 bicombustível de 120 cv e transmissão automática.
Fiat Grand Siena
Dos modelos "antigos" que continuam em linha nesta reportagem, o Grand Siena é um dos que devem sobreviver por mais algum tempo, sustentados pela demanda nada desprezível.
De janeiro a setembro de 2020, acumula 7.317 licenciamentos - contra 11.254 do Fiat Cronos.
Lançado em 2012, o Grand Siena continuou vivo após a chegada do Cronos em fevereiro de 2018, cumprindo o papel de opção de entrada na gama de sedãs compactos da Fiat - ocupando o posto que pertencia ao Siena EL.
Embora seja basicamente o mesmo carro desde a estreia, o Grand Siena já está na linha 2021 e tem recebido pequenas atualizações regularmente.
No ano passado, ganhou grade dianteira e moldura dos faróis de neblina redesenhados, bem como logotipo atualizado na tampa traseira - alinhando-se com lançamentos recentes da marca.
Em 2019, também recebeu preparação de fábrica para kit GNV.
Hoje está disponível sempre com câmbio manual e motor 1.0 ou 1.4 flex, com potências de respectivamente 75 cv e 88 cv.
Os preços sugeridos vão de R$ 51.290 a R$ 57.490.
Volkswagen Fox
Assim como o Siena, o VW Fox segue firme no mercado por ainda ter público fiel.
Mesmo já defasado tecnologicamente, ainda vende relativamente bem: é o 24º automóvel mais emplacado do País, com 13.708 unidades licenciadas de janeiro a setembro.
Assim como outros modelos desta lista, recebeu neste ano cinto de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos, além de Isofix, para atender a legislação.
No entanto, essencialmente não traz novidades relevantes desde 2014, quando foi reestilizado.
Quanto ao seu sucessor, é certo que terá a mesma plataforma MQB utilizada nos modelos recentes da Volks - as apostas recaem sobre um mini SUV, posicionado abaixo do Nivus, para cumprir o papel de hatch "altinho" hoje desempenhado pelo Fox.
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