Testamos: Honda Civic EXL é ótimo sedã médio, mas motor turbo cairia bem
Resumo da notícia
- Sedã não ganhou mudanças profundas mesmo com chegada do novo Corolla
- Linha 2020 trouxe mais itens de série e uma leve reestilização visual
- Versão EXL custa R$ 112.600 - mais do que o arquirrival da Toyota
Foi difícil entender porque o Civic mudou tão pouco na linha 2020. Mesmo diante de um Toyota Corolla totalmente renovado e com a inédita tecnologia híbrida flex, a Honda fez alterações bem discretas no visual, reforçou a lista de equipamentos e ainda aumentou os preços.
Estratégias a parte, a boa notícia é que o sedã preservou suas virtudes. Durante a semana em que UOL Carros avaliou a versão EXL, ficou claro que o Civic ainda é uma das melhores opções para quem gosta de dirigir.
Gostoso de guiar
Poucos carros recebem tão bem o motorista como o Civic. O banco abraça bem o corpo, o volante tem ótima empunhadura e a posição de guiar é baixa como em um esportivo. Todos os comandos estão ao alcance das mãos e a central multimídia é fácil de entender e operar.
Há espaço de sobra no banco de trás, cujo encosto em uma posição mais inclinada deixa os passageiros mais relaxados. Quem viaja lá atrás agora tem saídas de ar-condicionado (que é digital com duas zonas de temperatura) dedicadas, uma das novidades na lista de equipamentos desta configuração na linha 2020.
A versão EXL ainda traz sensor de chuva, chave presencial e partida do motor por botão, somando-se aos 6 airbags, GPS , freio de estacionamento elétrico, controles de estabilidade e de tração, câmera de ré, sensor de pressão dos pneus, ganchos para fixação de cadeirinhas Isofix, acendimento automático dos faróis, lanternas em LED, faróis de neblina, revestimento interno em couro, volante multifuncional e duas entradas USB.
Mudou?
Difícil é notar onde estão as novidades do lado de fora. Apenas os para-choques foram redesenhados, e mesmo assim as mudanças foram bem sutis. Apliques cromados e novas rodas de liga leve também fazem parte do visual.
As motorizações também continuam as mesmas. Na versão EXL é o 2.0 flex aspirado com 155 cv e torque máximo de 19,5 kgfm a 4.800 rpm. O sedã é um carro muito gostoso de dirigir e não falta fôlego nas acelerações, embora o Civic não tenha um comportamento esportivo.
A direção tem uma calibragem próxima da perfeição para quem gosta de dirigir e o consumo é satisfatório para a categoria: 7,2 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada com etanol no tanque e 8,9 km/l e 13 km/l se abastecido com gasolina.
A notícia ruim é que o bom motor 1.5 turbo de 173 cv e 22,4 kgfm ainda é exclusividade da versão Touring. É uma estratégia sem muito sentido, especialmente se lembrarmos que alguns concorrentes têm apenas motores turbo, como Chevrolet Cruze e Volkswagen Jetta.
Outro problema é que o Civic EXL custa R$ 112.600, mais do que os R$ 110.990 pedidos pela arquirrival Toyota no Corolla XEi, que traz o novo motor 2.0 com 177 cv.
Mesmo sendo um produto capaz de ainda seduzir pelo design arrojado (mais até do que o novíssimo Corolla) e outras qualidades, não é demais lembrar que a atual geração do Civic já está entre nós há quase quatro anos. Some isso à falta de novidades diante de um rival inteiramente repaginado e não vai ser difícil entender porque muita gente escolhe o sedã da Toyota.
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