Marca chinesa invade EUA com SUV que reconhece até a cara do dono
Com SUV "superinteligente", marca chinesa invade CES, a feira tecnológica de Las Vegas
Um SUV autônomo e elétrico de US$ 45.000, que usa reconhecimento facial para abrir as portas e uma tela gigantesca de 49 polegadas no painel, dá uma ideia do futuro do setor automotivo.
Mais do que isso, mostra o que a China está fazendo para invadir o mercado americano e, consequentemente, ganhar de vez o mundo agora que o governo do país asiático está tirando os carros movidos a gasolina das ruas.
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A Byton, criada por ex-executivos da BMW e da Apple, se transformou no último domingo (7) na primeira fabricante de veículos chinesa a fazer uma apresentação em grande escala na CES (feira de tecnologia de Las Vegas).
Antes conhecida como Future Mobility, a fabricante anunciou que seu primeiro modelo, conhecido por enquanto como Byton Concept, será disponibilizado para venda no fim de 2019, a partir de US$ 45 mil (cerca de R$ 145 mil), na medida para desafiar o Tesla Model 3.
Diversos jornalistas americanos já consideram o modelo como o "veículo mais inteligente do mundo" no momento.
Para vendê-lo globalmente, a Byton terminará sua fábrica de Nanquim no fim de 2018 e iniciará a produção um ano depois. Por falar em Byton, o nome é uma espécie de contração da expressão "bytes on", uma espécie de trocadilho com o byte (unidade de medida usada em computação).
Mais chinesas na área
A XPeng Motors, outra marca do gigante asiático, se prepara para revelar um modelo de série nesta terça-feira (9). E não deve ficar restrito às duas. A grande iniciativa do governo chinês de reduzir a poluição e a dependência em relação ao petróleo importado, aliada a generosos subsídios, está dando origem a dezenas de startups de automóveis eletrificados nesse que já é o maior mercado de veículos do mundo (superando os próprios Estados Unidos).
Com produtos cada vez mais próximos do nível tecnológico aceito nos principais mercados globais, fabricantes chinesas têm a tarefa de assumir o papel inicialmente proposto pela Tesla -- que vem tendo dificuldades em expandir sua linha de produção --, liderando a vanguarda da era dos carros conectados e ecologicamente corretos.
"A China é o maior mercado de veículos elétricos, e também o de crescimento mais rápido, mas ao mesmo tempo não possui atores internacionais e empresas que fabriquem produtos capazes de competir com os maiores atores de alto padrão do mundo", disse Daniel Kirchert, diretor de operações e cofundador da Byton, no evento de lançamento.
Em 2015 o país asiático superou os EUA como aquele que mais comercializa modelos híbridos, elétricos e movidos a célula de combustível no mundo, podendo chegar a 1 milhão de unidades vendidas em 2018. Detalhe: praticamente todos esses carros serão de marcas locais. Para 2025 a meta é atingir 7 milhões de veículos emplacados anualmente.
Assim, enquanto a Volkswagen e a Toyota ainda estão finalizando estratégias para veículos elétricos na China, os consumidores de lá já podem comprar modelos com autonomia de 500 quilômetros por recarga a cerca de 450 mil yuan (R$ 240 mil).
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