Mulher engravidou com DIU e após laqueadura; qual a segurança dos métodos?

Em setembro de 2021, a empreendedora Brenda Nathielle contou nas redes sociais que tinha engravidado após quase seis meses usando DIU. Era o terceiro filho dela.

Na última quinta-feira (4), ela anunciou uma nova gestação depois de ter aderido a outro método contraceptivo. "Acabei de ter um bebê com DIU que não saiu do lugar. Fiz laqueadura no parto, vi o pedaço da trompa, e estou grávida", disse.

Nenhum método contraceptivo previne 100% uma gravidez, mas DIU, laqueadura, vasectomia e implante subdérmico são os mais eficazes, com taxa de proteção na faixa de 99%.

A seguir, veja a segurança de cada método contraceptivo:

DIU

O dispositivo intrauterino do tipo hormonal libera um hormônio parecido com a progesterona e tem eficácia de 99,8%.

O DIU de cobre protege numa taxa de 99,2%.

O aumento da chance de falha do método é muito pequeno, pois depois de colocado, o dispositivo não requer muitos cuidados.

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As pessoas que usam DIU devem fazer exames periódicos para saber se ele está no lugar certo e trocá-lo na data adequada, que pode ser a cada três, cinco ou dez anos.

Laqueadura

O procedimento tem boa eficácia, perto de 99,6%.

Na cirurgia, as tubas uterinas, conhecidas como trompas, recebem cortes no meio e têm as extremidades suturadas (amarradas) ou cauterizadas, impedindo que os óvulos entrem em contato com os espermatozoides.

Em outro modelo, pode ser colocado um tipo de "anel" ou grampos, que comprimem as trompas e obstruem a passagem dos óvulos liberados do ovário para o útero.

Vasectomia

Pode atingir até 99,9% de eficácia.

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O procedimento consiste no corte de 1 cm a 2 cm e na ligadura ou remoção de um segmento dos ductos deferentes.

Esses canais conduzem os espermatozoides fabricados nos testículos e nos epidídimos para formarem o sêmen (ou esperma) junto com o fluido prostático e das vesículas seminais.

A cirurgia não altera nenhuma das características da função sexual.

Implante subdérmico

Com eficácia de 99,9%, é um "chip" que se implanta na nádega ou no braço e libera hormônio.

Ele deve ser trocado a cada três anos.

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É considerado o método mais eficiente no mercado, tanto que a taxa de proteção na vida real e no uso perfeito (em estudos) foi mesma.

Injeção

Eficácia de 94%.

É aplicada no músculo do bumbum e vai liberando hormônio lentamente no organismo.

Existem injeções mensais e trimestrais e a taxa de proteção delas no uso perfeito ultrapassa os 99%.

Pílula

Em tese, a pílula anticoncepcional garante 99,7% de proteção.

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Para ter praticamente risco zero de gestação, é preciso seguir exatamente todas as instruções que estão na bula. Por exemplo, tomar o anticoncepcional todos os dias por volta do mesmo horário.

Anel vaginal

Ele promete 99,7% de proteção no uso perfeito, ou seja, se for colocado corretamente e trocado no momento indicado. No uso de vida real, a eficácia é de 91%.

Durante três semanas, o anel libera hormônios que são absorvidos pela vagina. Após esse período, a pessoa deve retirar o contraceptivo e aguardar sete dias para colocar um novo. No intervalo, recomenda-se usar preservativo nas relações sexuais, pois pode haver ovulação.

Adesivo

Sua taxa de proteção no uso perfeito é de 99,97%, e 91% no uso de vida real.

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Ele libera o hormônio estradiol e deve ser trocado semanalmente. Se a pessoa que usa se esquecer da troca ou não substituí-lo corretamente, o método pode falhar.

Camisinha

O preservativo é o método anticoncepcional que apresenta maior variação entre a taxa de proteção no uso perfeito (98%) e na vida real (82%). Isso é um indício de que boa parte das pessoas não utiliza a camisinha da maneira certa.

Um dos erros mais cometidos é usar o preservativo somente no fim da relação sexual, quando a ejaculação está próxima. Segundo especialistas, o comportamento é arriscado, pois antes desse ápice há liberação de secreção que pode conter espermatozoides.

Outras falhas comuns, que aumentam o risco da camisinha estourar e de uma gravidez, são não saber colocar o preservativo e armazená-lo de forma inapropriada.

Tabelinha

É um método arriscado para evitar a gravidez, pois sequer tem uma taxa no uso perfeito, já que é difícil estabelecer parâmetros. A eficácia fica em 76%.

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*Com informações de reportagens publicadas em 15/06/2018 e 06/03/2023

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