Quimioterapia preventiva: o que é o tratamento feito por Kate Middleton

Após muita especulação, Kate Middleton usou as redes sociais na última sexta (22) para explicar o seu sumiço dos eventos reais. A princesa de Gales contou que foi diagnosticada com um câncer na região abdominal e que já tinha começado o tratamento.

Inicialmente, segundo Kate, acreditava-se não se tratar de câncer, mas uma biópsia após sua cirurgia mostrou o contrário. De acordo com a CNN, ela começou um tratamento de quimioterapia preventiva no final de fevereiro —bem antes de trazer a público o problema.

"Temos um grande número de testes histopatológicos, que é a análise do tecido, e moleculares que permitem, em alguns casos, tratamentos preventivos mais direcionados. O médico vai calcular qual o risco clínico da doença voltar e poderá então, discutir se cabe realizar a quimioterapia adjuvante —também chamada de preventiva", diz Thiago Assunção, oncologista clínico do Instituto Paulista de Cancerologia.

Segundo o especialista, o objetivo desse tipo de tratamento é destruir as células responsáveis pelas metástases que estão presentes na corrente sanguínea.

"Além da quimioterapia, podem, em casos selecionados, ser usados medicamentos específicos para mutações encontradas. Eventualmente, pode ainda ser acrescida a radioterapia. O intuito do tratamento complementar é, dessa forma, otimizar as chances de cura, em pacientes que tiveram seu câncer operado", explica Assunção

Não confunda o nome

Apesar de ser conhecida como quimioterapia preventiva (ou adjuvante), é importante destacar que esse é um tratamento complementar, não algo que evitará o surgimento de tumores.

Em termos médicos, o correto a se dizer é terapia adjuvante, que, segundo informações da Mayo Clinic (um dos hospitais mais renomados dos Estados Unidos), é uma quimioterapia utilizada após o tratamento primário, no caso da princesa, após a retirada do tumor em uma cirurgia de abdome.

Esse tipo de tratamento é indicado quando o diagnóstico está em estágio inicial, quando há a possibilidade de ainda existir células cancerígenas no corpo mesmo após o tratamento ou a presença dessas células no gânglio linfático, aumentando o risco que se espalhe pelo corpo.

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