Descobri que tenho hemorroidas; há tratamento? Preciso tomar algum remédio?

Sim, hemorroidas têm tratamento, que vai variar de acordo com o tipo do problema e a gravidade dos sintomas.

O uso de medicamentos, por exemplo, pode sim ser indicado, principalmente durante as crises, que é quando a pessoa sente dores, ou algum outro tipo de sintoma. Nesse caso, são indicados medicamentos tópicos (utilizados diretamente na região afetada) e de uso oral, além de medidas higiênicas e banhos de assento.

Caso esse tratamento não seja eficiente, pode ser prescrita a cirurgia. Entre os procedimentos menos invasivos, encontra-se a chamada ligadura elástica. Feita em consultório, a cirurgia consiste em envolver a hemorroida com um anel de borracha, o que causa a necrose na veia, que acaba caindo naturalmente.

Já os tratamentos cirúrgicos mais invasivos variam desde a hemorroidectomia tradicional (retirada cirúrgica das hemorroidas), até técnicas mais modernas como a desarterialização guiada por doppler. Normalmente menos dolorido, este procedimento costura a veia em um ponto específico, o que faz cessar a causa da doença.

É importante salientar que quem vai definir o melhor tratamento a ser seguido é o médico coloproctologista. Por isso, é importante marcar uma consulta para que o especialista faça todos os exames possíveis.

Além disso, é interessante também ficar atento aos sintomas que podem estar ligados às crises de hemorroidas. São eles:

Sangramento anal do tipo "vermelho vivo", principalmente durante evacuação;

Dor ao evacuar;

Prurido anal (coceira intermitente);

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Desconforto contínuo por prolapso (queda das hemorroidas aos esforços).

No dia a dia, também é possível tomar algumas precauções que contribuam no tratamento e até mesmo para evitar as crises de hemorroidas. Entre as principais ações estão:

Aumentar a ingestão de água;

Comer mais frutas e verduras;

Fazer atividades físicas regularmente;

Não permanecer muito tempo no vaso sanitário;

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Não usar papel higiênico para limpar o ânus. A higiene anal deve ser feita com água e sabão neutro após evacuações.

E lembre-se: não faça uso de terapias alternativas que não sejam indicadas por especialistas em saúde. Busque sempre ajuda médica.

Fontes: David Morano, médico coloproctologista do HUAC/UFCG (Hospital Universitário Alcides Carneiro, da Universidade Federal de Campina Grande), na Paraíba, ligado a Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Flavia Fidelis, médica coloproctologista Rede D'or Hospital Aliança, em Salvador; Paulo Kotze, médico proctologista do Hospital São Marcelino Champagnat, em Curitiba.

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