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Além de erva aromática, alecrim faz bem à saúde; veja seus benefícios

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Imagem: iStock

Samantha Cerquetani

Colaboração para o VivaBem

14/11/2022 04h00

De origem mediterrânea, o alecrim, também conhecido como rosmarino e erva-da-graça, é conhecido desde a Antiguidade por conta de seus fins terapêuticos.

Além de ser uma de erva aromática, ele é uma opção benéfica à saúde, já que é rico em minerais e contém vitaminas A e C, além de ter compostos polifenóis.

De acordo com a TBCA (Tabela Brasileira de Composição de Alimentos), da USP (Universidade de São Paulo), em uma colher (café) cheia de alecrim, o que dá cerca de 4 gramas, encontramos:

  • 13 kcal
  • 0,20 g de proteína
  • 1,70 g de fibras
  • 51,2 mg de cálcio
  • 1,17 mg de ferro
  • 8,80 mg de magnésio
  • 2,80 mg de fósforo
  • 38,2 mg de potássio
  • 0,13 mg de zinco
  • 6,24 mcg de vitamina A
  • 2,45 mg de vitamina C

De acordo com especialistas, essas propriedades fazem a erva ter efeitos antiespasmódicos (evita cólicas), antioxidante, anti-inflamatório e diurético. Entretanto, é preciso cautela. Os efeitos do alimento foram mais estudados em animais do que em humanos.

A seguir, veja mais sobre os principais benefícios encontrados no alecrim.

1. Protege o cérebro

O uso regular de alecrim é bom para o cérebro. Ele contém um composto chamado ácido carnósico, que combate os danos causados pelos radicais livres no órgão. Portanto, de forma indireta, contribui com a prevenção do Alzheimer, por exemplo. Além disso, o óleo de alecrim ajuda a melhorar a memória e a concentração.

2. É fonte de antioxidantes

O alecrim possui antioxidantes, como taninos, saponinas e flavonoides, que desempenham um papel importante na neutralização de partículas nocivas —os radicais livres— e outras moléculas prejudiciais ao organismo.

Por isso, a erva aromática atua contra o estresse oxidativo do organismo, que danifica as células e pode provocar problemas de saúde como doenças cardiovasculares, degenerativas e até câncer.

3. Melhora desconfortos estomacais e intestinais

Um dos benefícios mais conhecidos do alecrim é contribuir com a digestão e com a diminuição de gases, azia e cólicas. Regula ainda a função da bile, que desempenha um papel fundamental nos processos digestivos.

O consumo antes das principais refeições favorece pessoas com hipocloridria, ou seja, quando há a diminuição da produção de ácido estomacal.

4. Tem efeitos anti-inflamatórios e antimicrobianos

O alecrim contém compostos com propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas. Entre eles, destacam-se os polifenóis, como o ácido rosmarínico e o ácido carnósico. Por isso, o consumo da erva é considerado benéfico para o sistema imunológico, já que ajuda a combater inflamações e agentes patológicos.

5. Diminui a retenção de líquidos

Por ter propriedades diuréticas, o alecrim reduz a retenção de líquidos. A erva ajuda a eliminar as toxinas nocivas do corpo e é benéfica para quem tem problemas de inchaços ou mulheres no período que antecede a menstruação.

6. Diminui problemas respiratórios

O ácido rosmarinico, presente no alecrim, reduz os processos alérgicos do organismo. Também é benéfico por diminuir a congestão nasal e a reação asmática, doença que atinge as vias aéreas ou brônquios, provocando uma inflamação e sintomas como falta de ar e chiado.

7. Protege o fígado

O consumo de alecrim oferece proteção hepática, ou seja, melhora a saúde do fígado. O órgão ajuda a desintoxicar o organismo.

Chá, chá de alecrim - Getty Images - Getty Images
O alecrim foi mais estudado em animais do que em humanos, então é preciso cautela
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O chá de alecrim ajuda a emagrecer?

Uma forma bastante comum de consumo da erva é por meio da infusão (preparação que resulta da imersão do alecrim em água quente). Mas se o intuito for para o emagrecimento, é importante salientar que nenhum alimento ou bebida, de forma isolada, promove a perda de peso.

Além disso, de acordo com os especialistas consultados, até o momento só foram realizados estudos da bebida em animais. Nos bichos, o ácido carnósico, substância presente no extrato de alecrim, contribuiu com a composição da microbiota intestinal dos que tinham obesidade e melhorou o funcionamento do intestino.

Para perder peso de forma saudável, é fundamental o déficit calórico, ou seja, o indivíduo deve consumir menos calorias e gastar mais energia. Dessa maneira, a ingestão do chá não promoverá a diminuição de gordura corporal, mas sim a união de uma alimentação equilibrada com a prática regular de atividades físicas.

Contraindicações e riscos

Na maioria das vezes, o consumo de alecrim é considerado seguro, pois costuma ser usado em pequenas quantidades. No entanto, grávidas e lactantes devem se atentar para o chá de alecrim, já que não há evidências sobre o risco de toxicidade. Em excesso, a bebida aumenta o risco de aborto.

Quantidades excessivas de alecrim também podem ser prejudiciais para crianças menores de 12 anos, pessoas com diabetes, pressão alta, enxaqueca e quem faz tratamento para epilepsia, já que costuma piorar os sintomas.

A ingestão de doses elevadas também provoca irritações gastrointestinais e nefrite (inflamação nos rins).

Como consumir?

O alecrim é usado em infusões ou para temperar diversas receitas. Ele é encontrado na versão fresca ou seca, que é mais concentrada e deve ser usada com moderação para não comprometer o sabor.

A erva aromática combina com diferentes tipos de carnes assadas ou grelhadas. Também é bastante usada na finalização de pratos, como massas, molhos, sopas, linguiça, batata, pães e farofas.

Fontes: Isolda Prado, nutróloga da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia) e professora de nutrologia da UEA (Universidade do Estado do Amazonas); Jamile Carvalho Tahim, nutricionista, mestre em nutrição e saúde pela Universidade Estadual do Ceará, especialista em nutricional clínica e fitoterapia e docente da Uninassau (SE); Audie Momm, nutrólogo do Hospital do Servidor Público Estadual.

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