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Reação da vacina da Pfizer: veja principais sintomas e como aliviar

Vacina da Pfizer causa reações, assim como qualquer outra vacinação - iStock
Vacina da Pfizer causa reações, assim como qualquer outra vacinação Imagem: iStock

De VivaBem, em São Paulo*

20/01/2022 10h28

A vacina da Pfizer é uma das principais aplicadas no Brasil durante toda a campanha de vacinação contra a covid-19. Atualmente, com a aplicação em massa da dose de reforço (ou terceira dose) —necessária para reduzir os riscos da variante ômicron— a vacina se tornou a principal do país em aplicações diárias. Mas será que a vacina da Pfizer gera reações adversas?

Reações a vacinas são comuns e esperadas em qualquer tipo de vacinação —em sua imensa maioria, são leves e os efeitos colaterais são imensamente menores do que os efeitos que podem ocorrer se você for infectado de fato pelo vírus. Contudo, é normal sentirmos certo incômodo após a aplicação.

Com o reforço, muitos que receberam injeção da CoronaVac, AstraZeneca ou Janssen nas doses anteriores se perguntam como são os efeitos colaterais da vacina da Pfizer. Saiba abaixo os principais sintomas de reação e o que tomar caso queira aliviar o incômodo.

Principais reações da vacina da Pfizer

As reações mais comuns após a aplicação da vacina da Pfizer são dor de cabeça, fadiga e febre, além de dor no local da aplicação, comuns também em outras vacinas. É possível ainda sentir desconforto estomacal, entre outros sintomas.

Todos os sintomas são passageiros, aparecendo e sumindo normalmente em até 48 horas. Por isso, caso você tenha reação, não se preocupe: efeitos colaterais são esperados. Basta monitorar os sintomas até seu desaparecimento —em caso de persistência, pode-se avaliar procurar um médico até para investigar se você não foi infectado nesse meio-tempo.

O monitoramento dos sintomas é o que faz, inclusive, ser aconselhável esperar alguns dias após ficar doente por gripe ou covid-19 antes de tomar a vacina. Isso ocorre para os sintomas da reação ou da doença não serem confundidos entre si.

Já para reações graves —algo que pode ocorrer para qualquer medicamento que você tome ou vacina que receba— uma parcela ínfima entre os milhões de pessoas que receberam doses da Pfizer apresentaram forte reação alérgica imediatamente após a injeção.

Por fim, o comitê de segurança farmacológica da EMA (agência regulatória europeia) também afirmou que existe "uma possibilidade razoável" de associação causal entre a vacina produzida pela Pfizer e casos de edema facial em pessoas que possuem preenchedores dérmicos (substâncias macias semelhantes a gel injetadas sob a pele).

O efeito adverso, estatisticamente raro, é previsto nesse tipo de tratamento estético. Conhecido como edema tardio recorrente, é resultado de uma inflamação provocada quando substâncias como ácido hialurônico e PMA (polimetacrilato) são usadas em preenchimento facial ou labial. Não se aplica ao botox, por exemplo.

Outra reação extremamente rara da vacina da Pfizer é a miocardite, uma espécie de inflamação do coração —a doença é tratável. Estudos feitos nos Estados Unidos e Israel, contudo, concluíram que o risco de miocardite é exponencialmente maior se uma pessoa for infectada por covid-19 do que após se vacinar.

O que tomar para aliviar a reação da vacina?

No geral, descanse, hidrate-se e mantenha uma boa alimentação. E siga as orientações de acordo com cada sintoma.

  • Dor no local da aplicação: uma bolsa de água fria na região já resolve o problema.
  • Febre, dor de cabeça e/ou no corpo: analgésicos podem reduzir as dores no geral, mas use-os de preferência com orientação médica.
  • Náusea e/ou vômitos: os remédios antieméticos, após orientação médica, são indicados para reduzir o desconforto.
  • Diarreia: neste caso, não é indicado tomar medicamentos que "interrompem" a diarreia, mas, sim, manter uma boa hidratação do corpo (com água e soros caseiros). Em alguns casos, o probiótico pode ser utilizado, mas apenas com prescrição médica.
  • Coriza: lavagem nasal, com soro fisiológico, além de antialérgicos se estiver muito intensa (também com orientação de médicos).

*Com informações de reportagens de Danielle Sanches e Luiza Vidal.