Pesquisa: apesar da vacina, 86% têm medo de nova onda de covid no Brasil

Com o aumento do número de pessoas vacinadas contra covid-19 no Brasil, as atividades também voltaram a ocorrer de forma gradual. Com isso, a população tem sentido cada vez mais segurança para realizar esse retorno. É o que mostra uma pesquisa da da Pfizer Brasil e da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações).
Segundo o levantamento, 75% dos respondentes dizendo que se sentem muito seguros ou seguros com o aumento na taxa de imunização, contra 20% de inseguros ou muito inseguros. Apesar disso, a preocupação com uma nova onda do coronavírus é real, já que 86% afirmam ter muito ou um pouco de medo de que isso aconteça.
No geral, as sensações despertadas pela ampliação da vacinação no país são de impacto positivo: esperança em primeiro lugar com 29%; seguida por otimismo com 24%; e alívio com 16%. Só esses três sentimentos somam 69%, do total de 11 opções elencadas no questionário —era possível escolher mais de uma opção.
A pesquisa foi realizada pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) a pedido da Pfizer Brasil e da SBIm. O questionário online foi respondido por 2000 internautas com 16 anos ou mais das regiões Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro‐Oeste, entre os dias 19 e 29 de outubro de 2021.
Novos hábitos
Ao todo, 64% dos internautas concordam que, em razão da pandemia, a população está mais consciente sobre hábitos de saúde e higiene para a prevenção de doenças.
Entre hábitos adquiridos durante este período, aqueles com maior probabilidade de serem mantidos após o fim da pandemia são o uso do álcool em gel (58%); lavar as mãos constantemente ou ao chegar em algum lugar (55%); o uso de máscaras, mesmo que eventualmente (40%) e distanciamento social, evitar aglomeração e contato físico desnecessário (31%).
"Com o passar do tempo, muitos hábitos serão relaxados e até abandonados, como o distanciamento e a lavagem tão frequente das mãos. Talvez a maior lição que fique será os indivíduos com sintomas gripais terem mais preocupação com o próximo, usando máscaras em locais fechados ou transporte público. A conscientização sobre os riscos para grupos mais vulneráveis deve trazer mudanças de comportamento também", afirma Renato Kfouri, infectologista e diretor da SBIm.
Fontes de informações
A pesquisa mostra também que 72% dos respondentes acreditam que as fake news atrapalham o ritmo de vacinação. Sobre conteúdos relacionados ao assunto em que não há certeza de que sejam verdadeiros, 49% afirmam não compartilhar a informação mesmo sabendo que é verídica ou por não terem costume de confirmar se de fato aquela é real.
Já 46% declaram compartilhar, mas só depois de confirmar a veracidade em jornais, sites ou com médicos e profissionais de saúde, enquanto apenas 2% dizem compartilhar mesmo sem saber se é verdade.
Questionados sobre quais as principais fontes onde costumam buscar informações sobre vacinação, 60% respondem em órgãos oficiais (como Ministério da Saúde, secretarias de saúde, Anvisa e Organização Mundial da Saúde, sociedades médicas ou científicas); 53% com profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) e 36% nos veículos de comunicação (rádio, TV, revista, jornal e internet).
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