Ostarina: por que substância que Tandara foi acusada de usar é doping
Tandara Caixeta, jogadora da seleção brasileira de vôlei, testou positivo para a sustância ostarina, proibida em exame antidoping. O teste foi realizado no dia 7 de julho, em Saquarema, no Rio de Janeiro, antes de embarcar para a Olimpíada de Tóquio.
Com o resultado, a atleta foi suspensa provisoriamente e deverá voltar para o Brasil nos próximos dias. Ela terá direito a defesa para tentar provar sua inocência.
A ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) confirmou a presença da substância que faz parte da classe "SARM" (Selective Androgen Receptor Modulators), em português, moduladores seletivos do receptor de androgênio.
Por que a ostarina é proibida?
"A ostarina é uma substância que imita a testosterona, só que supostamente com menos efeitos adversos", explica Alexandre Hohl, presidente do departamento do de endocrinologia feminina e andrologia da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).
Com isso, aponta Hohl, o atleta que faz o uso tem ganho de massa muscular e melhor desempenho na competição. "Em relação a outro esportista que não utiliza, cria-se uma superioridade artificial."
Em janeiro de 2021, a Anvisa publicou uma resolução proibindo todos os SARMs no Brasil. "A decisão foi tomada porque não existe estudo de segurança com essa substância e ela não é indicada para tratar nenhum problema de saúde. Então, para que existir?", questiona o médico.
A WADA (World Anti-Doping Agency) também menciona a ostarina como uma das substâncias proibidas em sua lista oficial.
Demora no resultado é comum
A demora de quase um mês no resultado do exame levantou questionamentos entre os fãs de esporte, mas segundo Hohl, o tempo é comum para chegar a resultados conclusivos.
"É normal refazer os exames, ter prova, contraprova... Faz parte do protocolo sempre que se busca um diagnóstico confiável", diz.
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