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Câncer de pele de Marília Gabriela é traiçoeiro, mas não costuma alastrar

Reprodução/Instagram @gabi_mariliagabriela
Imagem: Reprodução/Instagram @gabi_mariliagabriela

Bruna Alves

Do VivaBem, em São Paulo

09/03/2021 16h02

Marília Gabriela contou aos fãs no Instagram que precisou passar por uma cirurgia para retirar um carcinoma basocelular, um tipo de câncer de pele.

A apresentadora de 72 anos disse que apareceu uma "espinha" em sua narina esquerda que não "saía mais". "Meu querido dr. Otávio não gostou do que viu e me mandou para exames aprofundados que resultaram, uma semana e meia depois (hoje), numa cirurgia para retirada de um sorrateiro carcinoma basocelular".

Marília Gabriela, que já recebeu alta, chegou a aconselhar seus seguidores: "usem protetor solar, de preferência até dentro de casa, sempre".

E, de fato, o principal fator de risco para o surgimento de um carcinoma basocelular é a exposição ao sol em excesso, e sem protetor solar. "O basocelular é o mais prevalente câncer de pele que existe", explica Fernanda Nichelle, médica dermatologista da Clínica MAC - Medicine Aesthetic Clinic (RS).

A especialista explica que as pessoas que tomaram sol durante a infância, adolescência ou juventude, e que não usaram protetor solar adequadamente, têm um risco elevado de ser acometido pela doença. "O sol que a pessoa toma pode fazer um dano cumulativo na pele e causar tardiamente o carcinoma basocelular", alerta Nichelle.

Outros fatores como o tabagismo, alcoolismo, idade avançada e histórico familiar também podem influenciar no surgimento desse tipo de câncer, que costuma atingir pessoas de pele e olhos mais claros.

Normalmente, o basocelular surge na região da face, como nariz, orelhas e até couro cabeludo, isto é, regiões que são mais expostas ao sol. E embora ele possua uma baixa mortalidade, é um câncer mais destrutivo, pois, dependendo do local, pode acometer todo o tecido ao redor.

O basocelular não se espalha pelo corpo, como acontece com o melanoma, mas pode ficar muito grande. "Ele tem uma capacidade de expansão muito forte, de destruição de tecido. Dependo do local acometido, o paciente pode precisar ser submetido a uma reconstrução ou até mesmo o uso de enxerto, de tanto espaço que esse câncer acometeu", explica Nichelle.

Como é feito o tratamento?

Existem vários tipos de tratamento e isso vai depender do estágio e do local acometido. É possível retirar o câncer por meio de terapia fotodinâmica, que é a aplicação de um medicamento em que o paciente é exposto a um tipo de luz, que tem a função de eliminá-lo.

Também é possível retirá-lo com uma criocirurgia/terapia, onde a lesão é congelada, e até cirurgia convencional, se necessário.

A especialista ressalta que esse tipo de câncer pode ser traiçoeiro e aparecer a qualquer momento, por isso é importante sempre consultar o especialista em caso de qualquer suspeita.

"O paciente que teve basocelular pode ter novamente, inclusive no mesmo lugar de onde foi retirado. A incidência é grande", alerta Nichelle.