Medicamento para calvície pode aumentar risco de suicídio, diz estudo

Homens jovens que usam finasterida, medicamento para tratar a calvície, podem ter um risco maior de desenvolver depressão, ansiedade e pensamentos suicidas. É o que aponta uma pesquisa publicada no periódico Jama Dermatology no dia 11 de novembro.

Inicialmente, este medicamento foi desenvolvido para tratar a hiperplasia benigna da próstata —um aumento benigno da glândula masculina. Depois, passou a ser indicado para diminuir a queda de cabelo em homens.

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Entretanto, existe uma controvérsia em andamento sobre os eventos adversos da finasterida. Em 2012, começaram a surgir relatórios sobre homens que usaram o remédio e tentaram ou cometeram o suicídio. O estudo atual sugere que o risco de desenvolver transtornos mentais deve ser considerado pelos médicos ao prescreverem o medicamento.

Como foi feito o estudo

• Os pesquisadores avaliaram os dados de 3.282 usuários de finasterida para detectar sinais de reação adversa;

• O estudo mostrou que havia maiores taxas de suicídio, depressão e ansiedade associados ao uso do medicamento para calvície em homens com menos de 45 anos;

• Ao todo, surgiram 356 notificações de suicídio e 2.926 de eventos adversos psicológicos como ansiedade;

• Homens mais velhos que tomaram a droga para controlar o aumento da próstata não apresentaram sintomas depressivos.

Mais pesquisas precisam ser realizadas para compreender a ligação entre o uso de finasterida e os sintomas psicológicos que surgem em homens mais jovens ao buscarem um tratamento para a calvície.