Estou com uma infecção viral; alimentação pode me ajudar na recuperação?
Daniel Navas
Colaboração para o VivaBem
20/10/2020 04h00
Resumo da notícia
- A ingestão de alimentos saudáveis ajuda o corpo na recuperação e redução dos sintomas da infecção viral
- Isso porque o organismo passa a produzir mais anticorpos e bactérias "do bem", que entrarão em combate contra vírus e outros microrganismos
- Porém, só a alimentação não é suficiente para a recuperação: a pessoa também deve seguir tratamento indicado pelo médico
- Para melhorar sistema imune é indicado o consumo de proteínas animais e vegetais, frutas, verduras, grãos integrais, oleaginosas
- Também é importante reduzir o excesso de alimentos que causem inflamações no corpo, como carnes processadas, industrializados e açúcar
Sim. Manter um cardápio saudável é a base para ter o organismo fortalecido, o que ajuda tanto na recuperação como na redução dos sintomas causados pela infecção viral. Não é possível evitar a contração do vírus, mas os efeitos causados por ele podem ser amenizados com a ajuda de uma alimentação adequada.
Ao consumir elementos mais naturais, ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes, o corpo estimula a produção de anticorpos e bactérias "do bem", que irão combater vírus e outros micro-organismos. Mas fica o alerta: o cardápio sozinho não terá força para combater a doença. Por isso, é importante, junto com a boa alimentação, seguir à risca o tratamento recomendado pelo médico.
Para fazer um investimento certeiro, na hora de ir ao supermercado escolha proteínas animais ou vegetais, que são essenciais para a produção de anticorpos, e seu baixo consumo pode impactar negativamente a imunidade. As fontes proteicas animais são carnes, peixes, ovos e lácteos, enquanto as vegetais são tremoço, soja, oleaginosas (nozes, castanhas e amêndoas), ervilha, aveia, chia, lentilha, grão-de-bico, feijão.
É válido também consumir antioxidantes, como frutas cítricas (laranja, limão) e vermelhas (framboesa, morango, mirtilo), peixes, tomate, pimentão vermelho, chá verde, castanha-do-Pará, crucíferos (brócolis, repolho, couve-de-bruxelas, couve e couve-flor), alho, cebola roxa, cenoura, abóbora.
Em contrapartida, é importante reduzir a ingestão daqueles alimentos que promovem inflamações: produtos industrializados prontos para o consumo (processados ou ultraprocessados), açúcar e doces, frituras, refrigerantes e bebidas açucaradas, assim como excesso de bebidas alcoólicas e tabagismo.
Fontes: Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia); Ingrid Cotta, infectologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo; Lícia D' Ávila, nutricionista e especialista em nutrição funcional pelo Instituto de Nutrição Avançada.
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