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Existe relação entre falta de vitamina D e infertilidade?

Imagem: Getty Images

Daniel Navas

Colaboração para o VivaBem

09/04/2024 04h00

Não existe ainda um consenso científico sobre a relação do baixo nível de vitamina D no organismo com a infertilidade. Mas algumas pesquisas indicam que a fertilidade de homens e mulheres pode sim ser afetada pela deficiência do hormônio.

No caso delas, alguns estudos mostram que a vitamina D está envolvida na regulação dos hormônios sexuais femininos, como estrogênio e progesterona, essenciais para a ovulação e implantação do embrião. Além disso, a vitamina D desempenha um papel no desenvolvimento adequado dos óvulos e na saúde do revestimento uterino, onde o embrião se implanta.

Já entre os homens, a falta de vitamina D suficiente no organismo pode levar a uma menor motilidade nos espermatozoides —esse movimento é fundamental para que possa ocorrer o encontro e a fecundação dos gametas.

É importante destacar que a infertilidade é do casal. Portanto, se ambos estão há mais de um ano tentando engravidar e não conseguem, devem procurar a ajuda de um especialista em reprodução assistida para investigar o que está acontecendo. E, claro, tanto a mulher como o homem devem fazer exames para identificar o que pode estar impedindo o casal de engravidar.

Outros impactos no corpo e tratamentos

A falta de vitamina D no corpo pode causar outros problemas, como osteoporose, baixa imunidade, alteração no sono, entre outros.

E o tratamento para quem está com deficiência de vitamina D no organismo pode variar. Por isso, é muito importante buscar ajuda de um médico ou nutricionista. Esses profissionais poderão avaliar os níveis por meio de exames de sangue e recomendar a melhor terapia.

Vale saber que, geralmente, os tratamentos mais indicados são:

Exposição solar adequada. Recomenda-se passar de 10 a 30 minutos sob o sol, pelo menos duas vezes por semana, preferencialmente nas horas de pico de luz solar (antes das 10h ou após as 16h);

Consumir alimentos ricos em vitamina D, como peixes gordurosos (salmão, sardinha), gema de ovo, fígado bovino e cogumelos;

Praticar exercícios regulares e uma dieta balanceada contribuem para o funcionamento adequado do organismo, incluindo a absorção de nutrientes, como a vitamina D;

Evitar hábitos prejudiciais, como fumar e consumir álcool em excesso, pois eles podem interferir na absorção e no metabolismo da vitamina;

Em alguns casos, a suplementação pode ser recomendada, especialmente se você não está obtendo exposição solar suficiente ou não está consumindo alimentos ricos em vitamina D regularmente.

A suplementação do hormônio é o único tratamento que deve ter um período para encerrar. Os outros devem fazer parte da rotina de todos, independentemente se está ou não com baixo nível de vitamina D.

Fontes: Isa Alves Rocha, médica ginecologista e especialista em reprodução humana do Hupes-UFBA (Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia), unidade da Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Marcelo Marinho, médico especialista em reprodução humana e diretor da FERTIPRAXIS Centro de Reprodução Humana, no Rio de Janeiro; Maria dos Remédios Pacheco, obstetra do HGF (Hospital Geral de Fortaleza).

Quais são suas principais dúvidas sobre saúde do corpo e da mente? Mande um email para pergunteaovivabem@uol.com.br. Toda semana, os melhores especialistas respondem aqui no VivaBem.

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