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Sempre sinto que acordo inchado, o que pode ser?

Daniel Navas

Colaboração para o VivaBem

23/06/2020 04h00

O inchaço matinal pode ter várias causas. Entre elas, a ingestão de álcool ou de alimentos com alto teor de sódio, alterações na circulação de sangue por conta da falta de mudança postural durante o sono, excesso de peso e falta de exercício físico. Por outro lado, também pode ser causado por doenças cardiovasculares, renais, vasculares, hepáticas, reumatológicas, hormonais, entre outras.

Esse problema costuma ocorrer porque durante a noite há uma redistribuição do líquido no organismo, já que o corpo permanece várias horas deitado, sem o efeito da gravidade. Se a pessoa estiver passando por alguma das situações citadas, ocorrerá uma maior retenção hídrica, que poderá se manifestar como inchaço matinal. O acúmulo de líquido ao acordar é mais visível no rosto, principalmente nas pálpebras —que é um tecido mais flácido e propenso ao edema —, nas mãos, ou nas costas, quando a maior parte do sono for de barriga para cima.

Em alguns casos, ao levantar, esse líquido se redistribui e volta ao normal. Se o quadro persistir ao longo do dia ou for muito acentuado, o ideal, então, é procurar um médico para que sejam feitos exames que cheguem ao diagnóstico correto e, consequentemente, ao melhor tratamento. As terapias, claro, irão variar. Podem ser sugeridas a prática de atividades físicas, redução de sal e bebidas alcoólicas, alimentação mais leve à noite principalmente, maior ingestão de água, drenagem linfática, medicamentos que facilitem o retorno venoso e o uso de meias de compressão.

Outra ótima dica quando o inchaço matinal não está relacionado a alguma doença é, ao acordar, lavar o rosto com água fria e se mexer, ativando a circulação. Com esses cuidados, os edemas que surgem pela manhã ficam controlados. O tratamento deve ser seguido pelo tempo indicado pelo médico, ou então o problema pode voltar e o inchaço matinal se tornar recorrente, mais uma vez.

Fontes: André Echaime Vallentsits Estenssoro, cirurgião vascular do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, Flávio Duarte, médico chefe de equipe vascular no Hospital Santa Paula, em São Paulo, Maurilo Leite Júnior, chefe do serviço de nefrologia do HUCFF/UFRJ (Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Roberta Frota Villas Boas, endocrinologista do Hospital 9 de Julho, em São Paulo.

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