Menina de 10 anos morre de ataque cardíaco em voo; quadro em criança é raro

Uma menina de 10 anos morreu depois de sofrer um ataque cardíaco durante um voo que ia de Los Angeles para Seattle, nos EUA, na noite de quinta-feira (27).

Segundo a CNN, a criança foi socorrida, mas quando a ambulância chegou, ela já estava morta. O jornal americano noticiou o fato como infarto.

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Bruno Valdigem, cardiologista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e do Hospital Albert Einstein explica que morte súbita nessa idade ocorre, normalmente, por doenças genéticas, mas é errado falar em infarto.

Além disso, evento é considerado raro. "Geralmente, o infarto ocorre partir dos 40 anos, quando há acúmulo de gordura nas artérias coronárias", afirma. O correto no caso da menina, segundo o especialista, é falar em parada cardíaca.

Doenças genéticas podem elevar risco do problema

Crianças que sofrem com doenças do coração podem nunca saber que possuem o problema. Geralmente, doenças cardiológicas não são levadas em consideração pelo pediatra e, por meio de uma fatalidade, descobre-se que o paciente tinha a condição. O ideal é sempre incluir exames cardiológicos nos procedimentos de rotina, incluindo as crianças e adolescentes.

Valdigem explica que algumas condições podem ser silenciosas, mas as doenças mais comuns e que dão origem ao problema são as de cunho genético, que podem ser cardiopatia hipertrófica, canalopatias e, em casos mais raros, trombofilias —que ocorre quando o sangue forma trombos espontaneamente podendo atingir o pulmão e provocando embolia pulmonar.

Há também a chance de a criança sofrer com uma cardiopatia congênita, que é identificada no nascimento e ocorre por problemas na gestação. Nesse caso, o coração apresenta um formato diferente do normal.

Sintomas mais comuns

Como falamos, o ataque cardíaco pode ser silencioso, mas em alguns casos é possível detectar algum problema relacionado ao coração por meio de alguns sinais, são eles:

• Arritmia;
• Palpitação no peito;
• Desmaio.

Quando a doença é descoberta em estágio inicial é possível tratar o paciente com remédios, fazendo com que tenha um controle do problema. Por isso não deixe de consultar um médico e, caso a criança apresente os sintomas acima, é fundamental fazer exames detalhados e procurar um especialista.