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Adriana Miranda

Dá para se sentir útil e ativo mesmo depois da aposentadoria

Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal

Colunista do VivaBem

14/08/2019 04h00

Sou procuradora do estado, aposentada há oito anos, casada pela segunda vez, tenho dois filhos e uma enteada, todos já adultos.

Muitas pessoas como eu, que sempre trabalharam, chegam nessa fase da vida sem uma atividade profissional ou um objetivo a alcançar, quer em razão de aposentadoria, quer por outros inúmeros motivos. E desanimam!
Os filhos já estão adultos, não dependem mais de nós, fica um vazio!

Como sempre trabalhei, tinha muito receio de me aposentar, deixar de ter uma atividade, porque tinha medo de me sentir inútil, e ficar deprimida. A ideia de ficar sem fazer nada me assustava!

Quando chegou a hora da aposentadoria, pensei muito, não tinha coragem de parar!

Mas, finalmente entendi que, apesar de me aposentar do cargo de procuradora do estado, poderia ter outras atividades, fazer ainda muitas coisas. Não precisava parar completamente. E, realmente, percebi que a aposentadoria não pode representar o fim da vida, a velhice, a falta de perspectivas e projetos!

Existem muitas metas a alcançar, muitos objetivos a atingir em qualquer idade e fase da vida. Por isso, não parei um só minuto desde que me aposentei. Ao contrário do que imaginava, não entrei em depressão.

Adriana Miranda - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal
Claro que senti muito a falta dos meus colegas de trabalho, com os quais trabalhei por mais de 30 anos. Mas, conheci novos parceiros de trabalho e fiz novas amizades. Sempre optei por um estilo de vida saudável, combinando exercícios físicos com alimentação regrada. Foi aí então que senti a necessidade de compartilhar minhas experiências e aprendizados com outras pessoas que, como eu, buscam o bem-estar e uma boa qualidade de vida.

Assim, depois da aposentadoria, comecei aos poucos minha atividade como influenciadora nas redes sociais, para mostrar que é possível, com disciplina, foco e determinação, manter o físico em forma, a saúde em dia, a autoestima elevada e um estilo de vida leve e prazeroso.

Hoje, essa nova atividade, totalmente diferente da minha atividade como procuradora (a qual gostava muito), me traz também muitas alegrias e muita gratificação, e me preenche demais. Eu me sinto útil, feliz por poder ajudar outras pessoas.
Por isso, a aposentadoria não pode nos assustar, nem representar o fim da linha! Sempre podemos encontrar novas oportunidades, elaborar novos projetos, desempenhar uma variedade imensa de atividades. O que não podemos, de jeito nenhum, é parar.

É isso que vai nos manter jovens, mesmo com o passar do tempo. Estou com 63 anos e me sinto ainda muito jovem, com muitos projetos e planos traçados, muito ainda a realizar.

*Adriana Miranda (@adrianammiranda) é palestrante e, aos 63 anos, entusiasta da vida saudável e das atividades físicas. Está sempre em busca de segredos para ter mais disciplina, foco e determinação, para manter a saúde física e um estilo de vida leve e positivo.