Uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgada na quinta-feira (2) mostrou que, de todas as mulheres que sofreram algum tipo de violência ou agressão no Brasil em 2022, 65,6% são negras. Durante participação no programa Sem Filtro, a diretora do instituto, Samira Bueno, destacou que esse número evidencia um histórico de racismo.
Em todas as pesquisas que a gente faz, sejam pesquisas de vitimização, sejam aquelas baseadas em registros de denúncias em delegacias de polícia, a gente está falando que a mulher mais vulnerável à violência no Brasil é a mulher negra. Samira Bueno
Ela ainda afirmou que em todos os tipos de violências de gênero, a mulher negra acaba sendo a mais vulnerável. Mas, quando se trata de uma violência física mais grave, como o espancamento ou ameaças com arma, o percentual é ainda maior.
"É evidente que quando falamos de violência e de assédio, sempre as mulheres negras são as mais vulneráveis. Acho que existe uma certa permissividade em relação ao corpo da mulher negra no espaço público, aquela ideia de que o corpo dela é quase público, então pode ser tocado e manuseado por qualquer um", afirmou.
Além disso, Samira também destacou a vulnerabilidade desse grupo social. "A sociedade as coloca em um lugar de menor escolaridade, menor renda, mesmo exercendo a mesma função de uma mulher branca, e a mulher negra acaba ganhando menos no mercado de trabalho. Quando falamos da violência é que se torna mais visível esse racismo", finalizou.
O Sem Filtro vai ao ar terça e sexta-feira em edição única. O programa é sempre ao vivo.
Quando: às terças e sextas-feiras, às 14h.
Onde assistir: no YouTube de Universa, no Facebook de Universa e no Canal UOL.
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