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Angelina Jolie: "É especial a relação que mulheres têm umas com as outras"

Bárbara dos Anjos Lima

Editora de Universa

21/05/2021 04h00

Uma entrevista exclusiva com Angelina Jolie. A frase já vem como o desafio: tente não ficar nervosa ao interagir com uma das mulheres mais famosas e lindas do mundo.

Universa foi convidado com exclusividade para bater uma papo (rápido, sejamos sinceras) com as atrizes Angelina Jolie e Medina Shenghore sobre o filme "Aqueles que Me Desejam a Morte". No filme, com estreia prevista no Brasil para o próximo dia 27, a atriz, diretora, ativista, mãe de seis e vencedora de Oscar vive Hannah Farber, uma bombeira lidando com traumas do passado. No papo, falamos sobre saúde mental e sua relação com as mulheres em sua vida. "Eu valorizo tanto, aprendo tanto com elas", disse.

Jolie fala em especial de sua mãe, a atriz Marcheline Bertrand que morreu de câncer em 2007, aos 56 anos, e com as filhas.

"Perdi minha mãe, a mulher mais próxima a mim, quando eu era muito jovem. Bem, não muito jovem mas, você sabe, muitos anos atrás. Agora que minhas filhas estão crescidas e tenho esse novo relacionamento, com elas, como mulheres... Sei como é importante a relação que as mulheres têm umas com as outras".

Mulheres fortes são especialidade da atriz

Angelina Jolie vive uma bombeira rlutando contra traumas recentes em  "Those Who Wish Me Dead" - Divulgação - Divulgação
Angelina Jolie vive uma bombeira lutando contra traumas recentes em "Those Who Wish Me Dead"
Imagem: Divulgação

Em "Aqueles que Me Desejam a Morte", a personagem de Jolie, que vive assombrada por erros de seu passado recente, é uma das pontas do longa, que começa com a história de Connor, um menino de 12 anos que assiste ao assassinato do pai por dois desconhecidos. Ele escapa e se refugia dentro de uma floresta de Montana (EUA), onde encontra Hannah, que está de plantão na torre de vigia da área. Quando os criminosos resolvem atear fogo na floresta de modo a eliminar todos os vestígios, Connor e Hannah vêem-se numa luta desesperada para escapar à violência das chamas.

O filme não foi muito bem nas bilheterias americanas e recebeu críticas negativas, mas não há como negar que as personagens femininas do filme são fortes. Enquanto Hannah (Jolie) tenta fugir de criminosos e driblar um incêndio, ainda duvidando de suas capacidades, Allison (Medina) está grávida de 7 meses e enfrenta esses bandidos, armada e a cavalo (sim, você leu direito).

Mas mais do que a luta externa, o que chamou a atenção de Angelina para essas personagens foram os dilemas internos. "Eu amo que Hannah não é uma personagem perfeita. É uma mulher muito real, alguém com a qual as pessoas podem identificar-se. E eu acho que ela tem a luta física e tem que superar o fogo e tudo isso. Mas a luta realmente está muito na sua mente. Acho interessante interpretar personagens como esse", disse. Não à toa, um dos grandes sucesso de sua carreira, que lhe rendeu um Globo de Ouro e um Oscar de atriz coadjuvante foi o papel da sociopata Lisa, em "Garota, Interrompida" (de 1999)

Tal qual sua personagem mais premiada, a luta interna de Hannah, segundo sua intérprete, é ainda maior.

"Acho importante esse filme ser lançado nesse momento em que as pessoas estão falando muito de saúde mental e pensando maneiras de se desafiar e superar seu traumas."

Sim, eu tinha mais umas 10 perguntas para fazer para Angelina Jolie porém no chat do Zoom os assessores já avisavam que meu tempo estava esgotado. De um lado tela, Angelina foi gentil, educada e, do meu, consegui deixar o nervosismo de lado. Sobrevivi ao desafio.